“Com amor (à simplicidade), Van Gogh” – Sérgio Costa

Quando eu frequentava as aulas de desenho do SENAC ainda pivete, me ensinaram de tudo um pouco sobre pintura: perspectiva, ponto de fuga, luz e sombra, pontilismo, tinta guache, tinta a óleo, nanquim e uma ruma de outros conceitos e técnicas que deixei de lado quando entrei perenemente em um relacionamento sério com a música […]

HÁ DESENHOS NA AREIA PORQUE O MENINO NÃO ERA SUFICIENTE PARA A VIDA! – Jair Cozta

Quando pequeno, tomei gosto pelo desenho e pela pintura. Aos quatro anos já sabia desenhar copiando de outros desenhos e já fazia corpos ou representações preenchidas (quando o corpo tem volume ao invés de cinco palitinhos conectados e a bolinha no topo). Hoje eu consigo entender o que dizem ser dom:  algumas criaturas nascem e […]

Marginais – Heliana Querino

Num desafio bobo, em que eu tentava me equilibrar no meio-fio, com o livro de Villon e o CD de Carmina Burana tocando no meu discman da Sony, uma mulher na calçada diz para o filho: “não te assente no meio-fio, eu não te criei pra isso, parece um mendigo, um marginal… e pare de […]

SOB A CENA – Jair Cozta

  Minha pretensão ao acordar era, basicamente, esta: um dia de trabalho comum. Quando estou próximo das pessoas, independente do contexto coexistencial, é bastante claro o meu desejo: evitar me intrometer nos assuntos alheios. Faço isso exatamente pela minha percepção aguçada e minha multifuncionalidade inata possivelmente explicadas pela presença predominante (e não tão positiva) do […]

Drama – Renato Ângelo

Em toda ação humana há sempre algo de atuação, de adaptações a cenários, falas permitidas… proibidas… Nossa experiência terrena, portanto, é repleta de mise-en-scène. A questão é: como aprendermos com isso, diferenciando quem somos de fato do papel desempenhado? Anos atrás (bem mais anos do que gostaria de lembrar) andava eu pelas estreitas ruas de […]

PROCURANDO SHAKESPEARE – Duarte Dias

  Era minha primeira vez em Turim, cidade onde Nietzsche perdera o senso. Corrijo: era, na verdade, minha primeira vez na Itália, terra de Dante e tantos outros. A despeito das citações de primeira hora, não havia ido tão longe para tratar com filósofos ou poetas; estava ali para encontrar um ator, ou melhor, um […]

Um menino, um cachorro e um mentiroso entraram num teatro… – Sérgio Costa

  Nunca fui muito de teatro. Não por falta de interesse ou gosto, mas pela simples falta do bom hábito em acompanhar boas peças desde cedo. Porém, me considero alguém são (sim, pois são tempos de estranhas rotulações políticas a quem gosta de entretenimentos assim) e educado o suficiente para reconhecer e valorizar essa que […]

O ATO DO TEATRO: QUANDO FAZER É DIZER – Carlinhos Perdigão

  “Teatro” representa tanto um gênero artístico como também um espaço no qual são apresentados vários tipos de espetáculo. Sua origem remonta a vários séculos antes de Cristo, em lugares como: Egito, China, Índia e Grécia, sendo este último país considerado, no ocidente, como o berço da linguagem. No princípio, suas representações dramáticas e culturais […]

Arte: Da Estética e Outras Questões – por DIMAS MACEDO

As manifestações artísticas e naturais constituem um conjunto de signos que nos ajudam a entender porque estamos no mundo, e qual o significado que a obra de arte representa, e porque a sua fruição é tão essencial para as nossas relações com o ser e o devir. A Filosofia parece ser a mãe de todas […]

A arte da natureza e a natureza da arte, por PEDRO HENRIQUE

Contou-me, um dia, um certo Ponte Alta… Na mesma época da queda do muro de Berlim, da configuração do Capitalismo na sua fase neoliberal como sistema hegemônico em todo o planeta – não que o seu contrário soviético se constituísse como uma negação, antes era uma outra forma do mesmo –, dois primos, sem emprego, […]

O inimigo da Arte, por Alder Teixeira

​Em linhas gerais, considera-se a Estética o campo da Filosofia que se ocupa de uma teoria da sensibilidade. É com este sentido que a palavra aparece na Crítica da Razão Pura (1787), de Immanuel Kant. Mas é com a publicação da obra Aesthetica, em 1750, de outro alemão, Alexander Baumgarten (1714-1762), que se convencionou fixar […]