Um aforismo respirável de Pascal

Mas como é que se explica saudade? Como é que se explica a coisa Que nunca tem sentido e sempre tem razão? Como é que se explica o ar quando se respira E como é que se explica quando falta? Surgiu feito uma planta inesperada; Feito tudo que sempre foi desde que surge; Surgiu e […]

INCONFIDÊNCIA DA BARRA DO CEARÁ

Para Reginaldo da Silva Domingos, Metafísico chamado, e os seus, Para Rafael Caldas Moreira, em desertos o Chacal, Para Loreto e Marlon, nos oceanos e fora deles, ahoy, Pois que mesmo no asfalto é oceano a vida, E vale nos aléns a profecia do Conselheiro Deus me livre de um instinto gratuito de vingança Que […]

TODO ARTISTA É UM ARTISTA DA FOME QUE NINGUÉM PERCEBE

O espectro entediado do mundo sem teto. A obra de Eduardo Francelino (até agora). Texto XVI. Aforismo XCIV. É inescapável: não é nenhum tipo de romantismo que está em jogo, ou no final das contas é sim, o romantismo piegas, talvez, da história sentimental a mais manjada. E olha que está naquilo que podemos chamar […]

NUNCA MAIS: BRASIL

O campo aberto aponta o sol inalcançável, Como se fora uma explosão repentina, E para nenhuma outra direção conseguimos olhar. O espírito que tudo nega finge o choro e pede a piedade: Sabe que depois da vitória infame virá o julgamento, Ou nada, e o seu vazio se revela a si mesmo sem máscaras possíveis. […]

O ESPECTRO ENTEDIADO DO MUNDO SEM TETO: A OBRA DE EDUARDO FRANCELINO, ATÉ AGORA (XI)

LVIII Aristóteles reduzia ao seu próprio absurdo as ideias dos seguidores de Euclides de Mégara. Os megáricos chamados não acreditavam na diferença entre a potência e o ato nem da mudança dos estados. Diziam, portanto, que ser um arquiteto só se pode dizer que é um arquiteto enquanto constrói a casa; pode vir a construir […]