Sobre Pedro Henrique

"Anota aí: eu sou ninguém"

Excertos – por Pedro Henrique

Há no atual fracasso da esfera de produção de mercadorias, de regulação política, da esfera artística, educacional e de produção intelectual, dentre as demais esferas da sociedade moderna, um mesmo problema: o da decomposição dos laços sociais diretos num mundo

Flor e som – por Pedro Henrique

 
[Flor renitente]
 
é preciso ser radical como uma flor
que irrompe o asfalto
e o enfeiamento do mundo;
que envergonha a música presente
(cada vez mais barulhenta);
que contorna a barbárie de quem a alimenta
e por ela é consumido;
que cora a face da poesia ruim, medíocre;
que

Pseudoprotopoemas de Vicente de Magalhães ou: a lira desafinada dos vinte anos tortos – por Pedro Henrique

 
[Arte poética]
 
A caneta.
O lápis.
Uma ponta de faca desenhando a sangue
Pensamentos
Palavras
Sentimentos embebidos de razão, desrazão…
Expressões súbitas, falhas…
 
O significado.
A mão.
O gesto entrelaçando os saberes divinos
de um quase ateu,
quase proletário, quase intelectual,
quase que quase…
 
O momento:
Expressão eterna da circunstância.
Há de cravar na memória suas

Diagnóstico do mal, por PEDRO HENRIQUE

I
 
Desfecho de um século, de um milênio, de uma época. O século XXI irrompe o paradoxo do mundo capitalista globalizado: sua vitória planetária coincide com sua crise derradeira. Crise econômico-financeira, político-estatal, social e ecológica, humana e cultural. Indivíduos atomizados contrastam