APORIAS DO PENSAMENTO POLÍTICO
O pensamento político se fixa nos mesmos pontos desde a Antiguidade: pobreza, exploração, emancipação, legitimidade política, igualdade, liberdade e a historicização integral do homem. A modernidade introduziu conceitos como exército de reserva, pauperização; novas pautas, como a liberdade de ser, ao lado da liberdade de agir, a redução da História ao conflito, cientificismo amparado no […]
O DNA DA CRISE INSTITUCIONAL
Contemplar a crise institucional sem “fulanizá-la” é procurar entender o seu DNA. Pessoas lideram e decidem. Não decidir também pode ser decisão. Sujeitos podem ser proativos ou reativos, sem deixar de ser agentes. A metodologia compreensiva de Maximilian K. E. Weber (1864 – 1920, na obra “Metodologia das ciências sociais”), procura o significado da ação […]
O USO DA RAZÃO
As tecnologias digitais multiplicaram as comunicações. Muito mais limitado era o alcance do invento de Johann Gutenberg (1398 – 1468), que ensejou o enciclopedismo dos iluministas do século das luzes; panfletos; e jornais que contribuíram para revoluções. A era do rádio contribuiu para uma onda de ditaduras (Joseph S. Nye Jr., 1937 – vivo, na […]
A TRANSIÇÃO
Todo tempo é tempo de transição, dizem os seguidores de Heráclito de Éfeso (540 a. C.– 470 a.C.), para quem não se toma banho duas vezes no mesmo rio, pois o rio e o homem já não os mesmos. Tal ênfase na mudança inviabiliza as referências e sentidos. No polo oposto Parmênides de Eleia (530 […]
A COMPLEXIDADE E A POLÍTICA
O conhecimento, fruto do esforço de compreensão do mundo, pode ter como objeto pequenos fragmentos do real, ou amplia-lo até o todo, que os físicos chamam “teoria de tudo” a fracassada tentativa de unificar a explicação das quatro forças fundamentais da natureza. A “Introdução à Logica”, de Imideo G. Nerici, diz: quanto maior o objeto […]
Autodestruição
As civilizações, segundo os estudos de Arnold J. Toynbee (1889 – 1975), tendem a autodestruição, completando um ciclo, a exemplos de Roma, Grécia e provavelmente os maias. Tempos difíceis, sem que haja destruição, causados pela insensatez de governantes e dos povos, são mais numerosos. Barbara W. Tuchman (1912 – 1989), na obra “A marcha da […]
QUEM TEM MEDO DE VIRGÍNIA WOOLF
Edward Albee (1928 – 2016) é lembrado, entre outras coisas, por ter contribuído para o que Riccotto Canudo (1877 – 1923) considerava a sétima arte, com “Quem tem medo de Virginia Woolf”. Os diálogos deste filme desnudam o lado humano deplorável, camuflado pelas aparências. Pode-se dizer o mesmo da política dos nossos dias. É a […]
O Reino de Cronos
Disciplinas humanísticas têm por objeto o significado de atos e fatos (Sociologia compreensiva). Um ciclista atropela um pedestre e o ocorrido foi involuntário para ambos. Temos um fato jurídico (não advindo da vontade), não um ato jurídico (volitivo). Maximilian K. E. Weber (1864 – 1920) diz que o acontecido não tem natureza sociológica. Fato, para […]
DIRIGISMO E CRISE
As crises estão se tornando mais profundas e frequentes. Fala-se em crise financeira, moral e ecológica. A coletânea “O mundo não tem mais tempo a perder”, de intelectuais e líderes do Collegium Internacional, organizada por Sacha Goldman (?-viva), descreve tudo isso como “policrise”, catástrofe iminente. Aponta como solução o controle supranacional de capitais, políticas ambientais, […]
A NOVILÍNGUA

A obra de George Orwell (Arthur E. Blair, 1903 – 1950), intitulada “1984”, descreve uma distopia. O regime totalitário da ficção aludida controla, entre outras coisas, a semântica do léxico, promovendo a ressignificação das palavras, proclamando que liberdade é escravidão e guerra é paz. O domínio dos significados é a mais profunda forma de controle. […]
Teorias Estranhas
A escola Antropológica do Evolucionismo social, teve em Edward Burnett Tylor (1832 – 1917) um grande autor. Ele estudou culturas primitivas. Enfatizou o desenvolvimento da mitologia e religião. Entendeu que os povos primitivos imaginaram a existência da alma. Ainda se falava em povos primitivos. Claude Lévi-Strauss (1908 – 2009) ainda não adotara o nome “ágrafos”, […]