Carnal
Corpo em objeto carnal
Simula sentido inexistente
Perpétuo discernimento a vida
Coagido ao instinto animal
a sua postura recatada
Corpo em objeto carnal
Simula sentido inexistente
Perpétuo discernimento a vida
Coagido ao instinto animal
a sua postura recatada
Venho buscar
O que não é certo dizer.
Tua forma domina
meu jeito de ser,
Da enorme emoção
Subterfúgio do meu prazer
Deixo para trás
O que não busco em mim.
Não tenho certeza
Do que sou para ti.
Me faz suspirar
A dor que não senti.
Aquilo que fez florescer;
Angústia ou
Quero me entrelaçar
Nos teus cachos
Enrolar meus cabelos aos teus
Em um labirinto
Aonde encontro teu corpo
Despido com flores de girassol
Percorrer tuas montanhas
Caminhando com meus dedos
Sentir o cheiro do nascer do sol
Florescendo ao longo do dia
Como uma semente que brota.
Permeia na noite intocada.
entre as vielas dos bordéis.
A poesia mútua,
sobre a vida esnobe
remete ao tempo.
Proclama ditadores,
Inflama os fiéis.
O meu gozo,
jogado para fora,
entre teus olhos;
Não me vêem.
Recíproca indenidade.
Objetificação do corpo.
Pois tu e eu não somos nada
e nada além de mais nada.
Me
Qual a existência do ser poético?
Do vício da própria inexistência?
Onde encontra-se dispersos
do mundo e de todos em volta.
Se deixam vagar sobre o papel,
perguntando, a si mesmos,
com o que se importavam;
se pra viver não é preciso
existir?
Um olhar petulante que provoca
Os pensamentos dos tolos
Que tendem a se apaixonar.
Pacífica harmonia da sobriedade,
das tuas escolhas imponderadas,
da cor da tua alma e do seu gozo.
De onde viestes, tal ser ?
Que me cala sem nem falar?
Por medo ou deslumbre de
estações onde flores florescem
o inverno há de chegar, sobretudo teu sorriso
me faz permanecer sóbrio em pleno dia
chegaste da noite em plena calmaria
traz contigo o belo
o verão escaldante sobre águas frias que cobrem os seios
deixando meu corpo luminoso diante ao calor
traz-me
Tu chegas toda noite,
Me sacode para todos os lados.
Fecho os olhos em silêncio.
Espero e nada acontece.
Escuto o barulho da rua:
Vários carros passando.
A cidade nunca para;
Um verdadeiro formigueiro.
Apenas as luzes do poste
Clareiam uma parte da casa.
Respiro três. Ou seis vezes.
Tomo água