Tu chegas toda noite,
Me sacode para todos os lados.
Fecho os olhos em silêncio.
Espero e nada acontece.
Escuto o barulho da rua:
Vários carros passando.
A cidade nunca para;
Um verdadeiro formigueiro.
Apenas as luzes do poste
Clareiam uma parte da casa.
Respiro três. Ou seis vezes.
Tomo água e tento novamente
Pregar o olho.
Deito-me, para melhorar
Nem camomila ou chave de perna
Me fazem dormir.
Quando tu chegas
Vou tentando relembrar em qual momento te vi.
Pelo cansaço vou esquecendo,
Acabo ficando sonolento.
Um pequeno lampejo de liberdade.
Perversão
Teu corpo tatuado
Fez meus pensamentos sórdidos
De pureza duvidosa
O Teu olhar provocador
Me faz salivar
degustando por inteiro
Tua imagem em minha frente .
A cada respiração ofegante
meu falo fica ereto.
Quando me despe
com suave toque aristocrático
de uma dama de respeito.
Aquela que me fazia penetrar
no seu esconderijo repleto de gozo.
e quando amanhecia
me deixava mamar
seus belos seios macios.
Um pervertido como eu
Querendo ser uma criança tão doce.
Como aquela mulher que me acolhia.