A GLÓRIA DO ESQUECIMENTO – CONSIDERAÇÕES SOBRE A OBRA DE ÂNGELO LOBO

Juan Miguel Díaz, filósofo espanhol, escreveu que “a glória é uma locomotiva que sempre tarda. E, quando chega, é fatal; já não dela carecemos”. ¹ A história da literatura ofertar-nos um cardápio excessivo de injustiçados, pois cada era sofre seu particular número de gênios literários soterrados na barbárie do esquecimento. Quantos grandes poetas […]
CONSIDERAÇÕES DE DESEMPAREDAMENTOS

1 os poetas, as crianças e a lua são os primeiros a ‘de-compor’ todas as paredes 2 os peregrinos de mim batizam meus muros 3 e que não se enganem, as paredes, todas elas, estão dentro do mármore do olho dentro da longitude da garganta dentro da parcimônia da febre mas cantaremos o amor e […]
ELA PARTIU

O amor é esta coisa que nos torna aves em voos suicidas. Talvez algum desagradável poeta ouse um dia perscrutar as névoas fundas desse sentimento que nos fragmenta, e aumenta-nos em nossa pequenez, e consiga, com alguma palavra humana, dizer-nos o que é. E, sobretudo, explique que mistérios inerentes […]
Entre Gomes e Renato, por PEDRO HENRIQUE
Mário Gomes não foi um poeta dos livros, mas das praças: pertencentes ao povo como o céu ao condor; a pessoa dele é que carregava consigo um estranho significado, e talvez apenas – numa primeira impressão – em sentido negativo: ele seria a personificação da decadência da poesia, no seu nem tão novo e nem […]