O processo de mercantilização do âmbito universitário, sugerido por Thinally Ribeiro
“Vista como uma instituição social, cujas mudanças acompanham as transformações sociais, econômicas e políticas, e como instituição social de cunho republicano e democrático, a relação entre universidade e Estado também não pode ser tomada como relação de exterioridade, pois o caráter republicano e democrático da universidade é determinado pela presença ou ausência da prática republicana […]
Desafios ao bom-senso-uníssono-ensurdecedor, por Thinally Ribeiro
Quando digo que não gosto de ir ao cinema, recebo olhares que misturam espanto, reprovação e pena. Eu mesmo devo ter misturado esses três ingredientes quando li que o poeta João Cabral de Melo Neto não gostava de música. Ou quando ouvi Maria Bethânia dizer que não gosta do pôr do sol (segundo ela, é […]
Um presídio com a história do Brasil
“A Penitenciária Madre Pelletier, de Porto Alegre, foi a primeira penitenciária feminina do Brasil. O dado curioso não é este, mas sim que ela foi fundada apenas em 1937, e não pelo Estado, mas por freiras da Igreja Católica. Até então, mulheres condenadas do Brasil inteiro cumpriam pena em cadeias mistas, onde frequentemente dividiam celas […]
Guerra a algumas drogas: entre sangue, cárcere e lucro
“No século XX, o mundo foi planejado para as indústrias, não para as pessoas. As cidades foram construídas para dar espaço para o maior número possível de carros – e, como resultado, o espaço público nunca foi tão sujo, barulhento e perigoso. O modelo de produção e de ocupação passou a consumir recursos naturais e […]
O mercado da loucura: uma desconhecida expropriação humana
“Desde o início do século XX, a falta de critério médico para as internações era rotina no lugar onde se padronizava tudo, inclusive os diagnósticos. Maria de Jesus, brasileira de apenas vinte e três anos, teve o Colônia como destino, em 1911, porque apresentava tristeza como sintoma. Assim como ela, a estimativa é que 70% […]
Os capitães da areia
Passou hoje em um programa policial qualquer “Já por várias vezes o nosso jornal, que é sem dúvida o órgão das mais legítimas aspirações da população baiana, tem trazido notícias sobre a atividade criminosa dos “Capitães da Areia”, nome pelo qual é conhecido o grupo de meninos assaltantes e ladrões que infestam a nossa urbe. […]
Territórios demarcados pela marginalidade
“Quando esses «espaços penalizados» (Pétonnet 1982) são, ou ameaçam tornar-se, componentes permanentes da paisagem urbana, os discursos de descrédito amplificam-se e aglomeram-se à sua volta, tanto «vindos de baixo», nas interações banais da vida cotidiana, como «vindos de cima», nos domínios jornalístico, político e burocrático (ou até, científico). Uma mácula localizada sobrepõe-se então aos estigmas […]
Resenha – Oposição e autoritarismo: gênese e trajetória do MDB (1966 – 1979) de Maria d’Alva G. Kinzo
A AUTORA De acordo com as informações coletadas no Lattes, Maria d’Alva G. Kinzo possui graduação em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1972), mestrado em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1978), doutorado em Social Studies pela University Of Oxford (1985) e pós-doutorado pela Georgetown University (1990). Atualmente […]
Entre sonhos e ilusões
Teatro invisível “Não é uma faixa de pedestre É um palco Não é um menino no sinal É um ator mirim Não é um trapo É um figurino Não é fome É maquiagem Esses olhos, essas mãos Não estão pedindo dinheiro Estão dançando E essa peça está em cartaz Em todos os sinais vermelhos.” […]
A lógica da produção destrutiva
“[…] em seu sentido e tendências mais gerais, o modo de produção capitalista converte-se como inimigo da durabilidade dos produtos: ele deve inclusive desencorajar e mesmo inviabilidade as práticas produtivas orientadas para a durabilidade.” “Quanto mais “qualidade” as mercadorias apresentam (e aqui a aparência faz a diferença), menos tempo de duração elas devem efetivamente ter. […]
ELE mata e morre de amor em legítima defesa
“Por muito tempo, a sociedade considerou normal o perdão de quem matou seu “objeto de desejo”. A defesa utilizava o recurso de legítima defesa da honra para absolvição do “réu”. Tais crimes eram resolvidos nos espaços domésticos, ou seja, na “instituição sagrada”, contravenção, pela Justiça Criminal, a família que “solucionava-se” esses problemas. Não era considerada […]