Sobre Alder Teixeira

Professor titular aposentado da UECE e do IFCE nas disciplinas de História da Arte, Estética do Cinema, Comunicação e Linguagem nas Artes Visuais, Teoria da Literatura e Análise do Texto Dramático. Especialista em Literatura Brasileira, Mestre em Letras e Doutor em Artes pela Universidade Federal de Minas Gerais. É autor, entre outros, dos livros Do Amor e Outros Poemas, Do Amor e Outras Crônicas, Componentes Dramáticos da Poética de Carlos Drummond de Andrade, A Hora do Lobo: Estratégias Narrativas na Filmografia de Ingmar Bergman e Guia da Prosa de Ficção Brasileira. Escreve crônicas e artigos de crítica cinematográfica

O despudor que embeleza a vida

Se Nelson Rodrigues foi o maior autor do teatro nacional, não se discute que José Celso Martinez Corrêa foi o maior realizador, tomando-se o termo em toda a sua abrangência. É que Celso, ao lado de ser também ele escritor

Tchê Tchê

Os que amam o futebol sabem: entrevista de jogador, há algum tempo, era coisa intraduzível, tamanha a falta de domínio da linguagem nas respostas, marcadas por titubeios, conjunções exaustivamente repetidas e total desconhecimento do léxico. De compreensível, a metáfora repetida

Artista do Impossível

A agenda internacional do presidente Lula incomoda seus desafetos de tal forma e em tal proporção que causaria dó, não se tratasse de gente mesquinha no sentido mais profundo da mesquinhez, aquela que é capaz de torcer pelo insucesso de

Amenidades alvinegras

Em inícios dos anos 70, sofri um grave acidente que me deixaria marcas pelo corpo, e, durante algum tempo, certa tensão psicológica. Eu tinha 16 anos, era um tipo bonito e já participara, como modelo, de pelo menos dois desfiles

A poesia de Weimar Gomes dos Santos *

Quando decidiu intitular o livro que o leitor tem em mãos de “Mentiras sinceras – poemas da madrugada”, mais que apenas adotar um procedimento de praxe, uma exigência editorial, Weimar Gomes dos Santos terá indicado possibilidades de leitura para o

João de A a Z

Há pessoas com as quais sequer estivemos pessoalmente que se tornam ao longo dos anos objeto da nossa maior estima, despertando em nós um sentimento que se coloca entre a simples admiração e o afeto mais doce e mais terno.
Um

Tributo a Aluísio Filgueiras*

Fiz oito anos na antevéspera do golpe de Estado de 64. Àquela época, os jornais não circulavam nas cidades do interior, não havia tevê e as notícias chegavam até nós através do rádio. Como morássemos ao lado de Aluísio Filgueiras,

Viva o Gordo!

Alvo de tentativas fúteis de dificultar o seu trabalho, o ministro da Justiça Flávio Dino vem expondo senadores e deputados de oposição ao ridículo. Na última terça-feira, novamente convocado por senadores do PL para falar sobre segurança pública em sua

As Visionárias

Li, como a um romance, o belíssimo As Visionárias, do filósofo alemão Wolfram Eilenberger, lançado há pouco no Brasil pela Todavia. O livro vem com a mesma proposta do anterior, “Tempo de Mágicos”, em que o estudioso alemão adota uma

Chico e a Revolução dos Cravos

Foi bonita a festa, pá/Fiquei contente/Ainda guardo renitente/Um velho cravo para mim//Já murcharam tua festa, pá/Mas certamente/Esqueceram uma semente/Nalgum canto de jardim//Sei que há léguas a nos separar/Tanto mar, tanto mar/Sei também quanto é preciso, pá/Navegar, navegar//Canta a primavera, pá//Cá

O amor não é necessário

Esta semana dei-me a rever filmes de Ingmar Bergman e Michelangelo Antonioni, dois dos gênios da sétima arte. Eram meus cineastas preferidos, supostamente pelas razões que, na perspectiva de cinéfilos da atualidade, os tornavam “chatos” e “monótonos”: a valorização do