Uma palavra amiga
Leio numa crônica de Martha Medeiros: “Estar só, totalmente só, é um direito e um dever. Não todo o tempo, mas por um bom tempo, o tempo que a gente precisa para reencontrar a si mesma”. Na veia, Martha.
O grande
Leio numa crônica de Martha Medeiros: “Estar só, totalmente só, é um direito e um dever. Não todo o tempo, mas por um bom tempo, o tempo que a gente precisa para reencontrar a si mesma”. Na veia, Martha.
O grande
Ao completar cem dias de governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem demonstrado uma percepção dos problemas do País que me parece representar avanços se comparada à visão dominante nos governos anteriores: a começar pela composição do atual
Pode-se chorar pedras/lágrimas como gotas de pedras/dentes que caem dos olhos/como se os olhos chorassem dentaduras de pedras/Nunca a dor chorou tão grande dor/lançando blocos de pedras/dentes e molares de dor/de pedra. (Poema de Rafael Alberti sobre a tela Mulher
Há quem já festeje o reencontro, depois dos anos de barbárie, como se a selvageria fosse coisa do passado. Ledo engano. Ainda sobrevoam nossas cabeças, como fantasmas insones, o ódio e a violência, nascidos da brutalidade do ex-presidente e de
Talvez algum dia se diga de alguma pessoa: Seu filme é como um filme de Fellini. Mas ele poderá ser apenas ‘como’ um filme de Fellini. É nisso que se reconhecem as coisas realmente boas: não podem ser repetidas.
Em livro clássico, intitulado Fundamentos da Linguística Contemporânea, o semioticista brasileiro Edward Lopes discorre sobre o que define como “função outrativa” da linguagem. Entende-se por isso a capacidade do artista para despersonalizar-se, isto é, desdobrar-se em diferentes personalidades, tornar-se outro
“Quando nossos olhos ficam embaçados, nada como os olhos dos outros para voltar a valorizar o que é nosso.” A frase é de Martha Medeiros e, se não me engano, está em “Montanha Russa”, um dos seus adoráveis livros de
Zélia Gattai disse, numa entrevista de que me escapa a origem, uma declaração de amor de que jamais me esqueço: “Jorge, quando morrer, quero que tenha encomendado um caixão de casal”.
Zélia era casada com Jorge Amado e ia, com a
Quando critiquei a foto da capa da Folha de S. Paulo, há alguns dias, na qual o presidente Lula aparece por detrás de um vidro sugestivamente atingido por um projétil, e o gesto real de ajeitar sua gravata, em segundo
“Salvá-los das atrocidades que conduziram tantos povos indígenas ao extermínio… Salvá-los da apropriação de suas terras, da contaminação de suas águas e da dizimação da fauna e da flora que compunham o quadro da vida dentro da qual eles sabiam
Para Emídio de Sousa Neto, por cujas mãos entrei pela primeira vez num cinema.
Federico Fellini faria agora 103 anos. Cineasta do cinema de poesia, na perspectiva da conhecida teoria de Pier Paolo Pasolini, outro gênio italiano, Fellini legou-nos uma obra