Sobre Alder Teixeira

Professor titular aposentado da UECE e do IFCE nas disciplinas de História da Arte, Estética do Cinema, Comunicação e Linguagem nas Artes Visuais, Teoria da Literatura e Análise do Texto Dramático. Especialista em Literatura Brasileira, Mestre em Letras e Doutor em Artes pela Universidade Federal de Minas Gerais. É autor, entre outros, dos livros Do Amor e Outros Poemas, Do Amor e Outras Crônicas, Componentes Dramáticos da Poética de Carlos Drummond de Andrade, A Hora do Lobo: Estratégias Narrativas na Filmografia de Ingmar Bergman e Guia da Prosa de Ficção Brasileira. Escreve crônicas e artigos de crítica cinematográfica

GLÓRIA E TRADIÇÃO

Eufórico, por razões óbvias, leitor alvinegro pede-me que escreva sobre as conquistas do Botafogo na temporada. Faço-o, à sua carinhosa provocação, repetindo neste espaço texto meu já conhecido, a que acrescento uma e outra palavra, atualizando-o. Está em livro de

PASSÉ COMPOSÉ *

Em “Sempre Paris”, no capítulo intitulado “Antes que me esqueça”, livro sobre o qual escrevi aqui semana passada, leio fatos curiosos sobre os generais presidentes. Tomo a liberdade de recontá-los aqui.
No auge da ditadura implantada no País com o golpe

SEMPRE PARIS

No campo da literatura e de outras artes, há algum tempo, premiações e honrarias deixaram de representar, necessariamente, a qualidade de obras e autores. Muito pelo contrário, carregadas de subjetivações e interesses estranhos à matéria de que tratam, essas distinções

O AMOR NÃO É NECESSÁRIO

Li, durante a semana, o recém-lançado (e recomendabilíssimo!) “Clarice Lispector, entrevistas”, publicado pela Rocco com organização de Claire Williams, da Universidade de Oxford. Sobre o livro escreverei em coluna das próximas semanas, mas o farei transversalmente em alusão a uma

A BELEZA SALVARÁ O MUNDO

A frase é de Dostoiévski e aparece em pelo menos dois romances do escritor russo. Mas o seu simbolismo ganha peso no delicado momento em que o ideário neofascista ganha corpo ao redor do mundo com a vitória da ultradireita

A MORTE COMO EXERCÍCIO POÉTICO

“Você me abre seus braços/ e a gente faz um país.” Desde ontem, obsessivamente, tão logo soube da morte do poeta Antonio Cicero, ocorrem-me os versos desconcertantes de “Fullgás”, poema que seria musicado por sua irmã Marina Lima, para entrar

DE ONDE NASCE A CRÔNICA

Mal adentro o elevador e deparo com velho conhecido. Antes mesmo do aperto de mão, entre sorrisos largos, desfere-me a curiosa indagação: “Tenho lido suas crônicas. De onde você tira tanta ideia para escrevê-las?” (sic). Como descesse no andar abaixo,

EIS A {VELHA} QUESTÃO

A semana que termina marca também o final da mais abjeta campanha política de que se tem notícia. Em São Paulo, mais importante cidade do país, durante debate em que se devia apresentar propostas de governo, discutir problemas da população

A POLÍTICA E A POLITICAGEM

Fiz oito anos na antevéspera do golpe de Estado de 64. Àquela época, os jornais não circulavam nas cidades do interior, não havia tevê e as notícias chegavam até nós através do rádio. Como morássemos ao lado de Aluísio Filgueiras,

DE POESIA E SUBJETIVAÇÕES

Do poeta e compositor Cicero Braz, num gesto de gentileza que perpassa a grande amizade, vem-me o vídeo curioso: Erasmo Carlos conta um telefonema de Belchior rogando-lhe adiar a gravação da música “Paralelas”, para a qual diz ter escrito outro