Sobre Alder Teixeira

Professor titular aposentado da UECE e do IFCE nas disciplinas de História da Arte, Estética do Cinema, Comunicação e Linguagem nas Artes Visuais, Teoria da Literatura e Análise do Texto Dramático. Especialista em Literatura Brasileira, Mestre em Letras e Doutor em Artes pela Universidade Federal de Minas Gerais. É autor, entre outros, dos livros Do Amor e Outros Poemas, Do Amor e Outras Crônicas, Componentes Dramáticos da Poética de Carlos Drummond de Andrade, A Hora do Lobo: Estratégias Narrativas na Filmografia de Ingmar Bergman e Guia da Prosa de Ficção Brasileira. Escreve crônicas e artigos de crítica cinematográfica

HUMBERTO MORREU DE AMOR

Kalu, Kalu,/Tira o verde desses óios de riba d’eu/Kalu, Kalu,/Não me tente se você já me esqueceu/Kalu, Kalu,/Esse oiá depois do que se assucedeu”.
A atividade intelectual e o gosto pelo jornalismo (escrevi para o jornal “O Estado de Mato Grosso”

O QUE DIZ UM TEXTO?

Em meio a tantas interpretações aceitáveis, leitor muitas vezes opta por fazer uma que nada tem a ver com a intenção do autor. Quando escrevemos, temos pela frente o que Umberto Eco define como “leitor ideal” ou “leitor-modelo”, uma construção

CHICO BUARQUE FAZ 80 ANOS

Toda unanimidade é burra.
(Nelson Rodrigues)
Polímata. S.m. Do grego polymathós, aquele que sabe muitas coisas. O vocábulo, por força da genialidade de Leonardo Da Vinci, passou a ser usado como sinônimo de “mulher ou homem do Renascimento”, isto é, aquela ou

EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO

“Tenho medo do homem de um livro só.” A máxima é de São Tomás de Aquino, e a tomo no sentido pleno da metáfora, pelo que diz sobre a necessidade de termos da vida uma visão ampliada, uma compreensão holística

HOMENS E MULHERES INDISPENSÁVEIS

Tempos atrás escrevi neste espaço sobre pessoas, artistas o mais das vezes, que admiramos para além de suas obras. Desnecessário evidenciar, neste caso, que essa admiração terá nascido da vivência com aquilo que produziram esteticamente: livros, filmes, músicas, quadros etc.,

AINDA SOBRE A BELEZA E A ARTE

Em termos de avaliação da obra de arte, assumo: sou um formalista incorrigível. O que faz de um livro arte não é o tema explorado, mas a maneira como esse tema é apresentado. Um filme é arte, não pelo que

OS BRUTOS TAMBÉM AMAM

Faz algum tempo, li no jornal Folha de S. Paulo uma crônica deliciosa de Ruy Castro sobre títulos, em português, de grandes clássicos da literatura mundial. Até tentei localizar o texto para citá-lo amiúde na minha crônica de hoje. Não

JECAS E PERIS

Vira e mexe, leio ou ouço falar em “complexo do vira-latas”. Muitas vezes, num vezo que é bem brasileiro, usa-se a expressão sem o pleno domínio do seu significado. Coisa da onda, um tipo de modismo que não raro leva

GOSTO SE DISCUTE, SIM

Do professor, vira e mexe, alguém quer saber: “Afinal, gosto se discute?” A questão, de aparência tão simples, exige cuidados, nomeadamente para quem, como eu, dedicou seus dias a falar prioritariamente da Arte.
Antes da resposta, precipitação a que me recuso

UMA REVOLUÇÃO POÉTICA

Chico Buarque de Hollanda, do alto de sua genialidade, escreveu sobre a Revolução dos Cravos uma de suas mais belas canções, cujo título, “Tanto Mar”, constitui uma referência metafórica à distância que separa o Brasil de Portugal, quer em termos