Simón Bolívar (1783-1830) era um líder político e militar que atuou no processo de independência da “América Espanhola”. Governou o Peru, a Bolívia e a Venezuela e foi, também, devido a sua atuação que vários países latino-americanos se emanciparam. Ele ficou conhecido como “O Libertador”. Foi a inspiração de Hugo Chávez ( 1954-2013). Chávez Presidiu a Venezuela durante 14 anos, e foi sucedido por Nicholas Maduro na Presidência.
Desde a morte de Hugo Chávez que Maduro governa a Venezuela. Fica muito claro que Maduro acreditou na hipótese de fazer a integração das “Américas” como foi o sonho de Hugo Chávez e sob a inspiração do Libertador. A Inspiração e a convicção se juntariam aos melhores valores democráticos da atualidade para dar legitimidade ao Presidente Nicholas Maduro, isso mesmo no condicional, se, por acaso, as premissas fossem verdadeiras.
Maduro foi reeleito em maio de 2018, quando o processo eleitoral foi contestado pela oposição com registro de fraudes. Os observadores internacionais, presentes ao pleito venezuelano, denunciaram a ilegitimidade da votação com seus relatórios aos fóruns internacionais. Foi então que o Grupo de Lima divulgou declaração conjunta de não haver legitimidade nas eleições de maio de 2018 em que Nicholas Maduro se diz vencedor.
Como será que se sente um governante de um país que amarga inflação de 1.700.000 % no ano de sua reeleição em 2018? Desse modo é que não tem moeda e nem Orçamento Público. Um país que não foi capaz de diversificar suas potencialidades econômicas, e que vive sustentado pela exploração do petróleo, amarga todas as volatilidades do mercado com oscilações de preços desestabilizadores de qualquer economia. A volatilidade atinge o mercado de petróleo.
O governo da Presidente Dilma deu bastante apoio ao atual governo venezuelano, inclusive na decisão de sua permanência no Mercosul. A Venezuela, neste momento, carece de apoios e ajudas internacionais. A situação agravou-se e já precisa de ajuda humanitária. Uma ajuda que vem sendo oferecida por seus vizinhos como Brasil, Colômbia e Estados Unidos. Evidente que nenhuma dessas nações atravessará as fronteiras, mesmo para levar ajuda que foi recusada.
Toneladas de alimentos foram perdidas em alguns dos caminhões de transporte. Por que? Por causa dos conflitos gerados em suas fronteiras fechadas pelo “bolivariano” (sic). As imagens mostram moradores de regiões fronteiriças que se armam de pedras e tudo quanto possam usar como armas contra armas de fogo de militares cumpridores de ordens superiores para impedir a entrada dos alimentos. O êxodo vem-se intensificando neste novo mandato de Maduro.
A fome é má conselheira. Já se verificam enfrentamentos com sangue e até vítimas fatais. Ajudas humanitárias vêm desde o século XIX quando Henry Dunant (1828-1910), um empresário suíço (considerado um dos pais da Cruz Vermelha), Nobel da Paz em 1901, sensibilizou-se com o sofrimento de pessoas que não estão polarizadas em confrontos. A inspiração à ajuda humanitária não é política e a Cruz vermelha não participa de ajudas à revelia, nem politizadas.
Nossa fronteira em Pacaraima no Estado de Roraima já registra milhares de venezuelanos em fuga. O que faz o bolivariano? Fecha a fronteira! Os caminhões são acompanhados pelo Chanceler brasileiro Ernesto Araújo, William Popp (Encarregado dos negócios dos EEUU em Brasília) e Maria Teresa Belandria que foi designada “embaixadora” pelo líder Juan Guaidó, também Presidente da Assembleia Nacional Venezuelana.
As ideias de Bolívar não são as que se vê no discurso e na prática de Nicholas Maduro, ao contrário da sonhada integração dos povos de SIMÓN, Ele age exatamente de forma às avessas.
Gilberto Maia
É lamentável e triste ler esse tipo de análise enviesada, alinhada com essa direita ordinária dos EUA e do Brasil, Colômbia, Chile, Peru e outros, um discurso simplista, cheiao de inverdades, (mais de 200 observadores internacionais, entre eles o ex-premier espanhol José Luis Rodríguez Zapatero, o cearense Dr. Marcelo Uchoa atestaram a legalidade do processo
eleitoral venezuelano, sem falar que o sistema eleitoral de lá é bem
moderno, que justificou avaliação do ex-presidente dos EUA Jimmy
Carter de ser um “sistema inviolável”). Esquece o analista de informar (certamente não é por desconhecimento…) que as dificuldades econômicas vividas por lá é causada pelo bloqueio
econômico que o agora “bondoso e
humano” governo dos EUA impõe àquele país e essa provocação nao tem nada a ver com ajuda humanitária…sem dúvida há problemas econômicos, há
dificuldades financeiras, mas não há essa crise humanitária como nos vende os grandes conglomerados midiáticos externos e nacionais (por que não se tem a mesma postura com ralação ao Haiti, que
vive uma crise humanitária a muito tempo ou em Honduras que vive algo semelhante, sem falar nas fraudes eleitorais nesse país em 2017, com apoio dos EUA???). Simples, nesse países não há
riquezas naturais como petróleo e ouro como tem em grande
quantidade na Venezuela (possui as
maiores jazidas petrolíferas do
planeta e a segunda maiores jazidas
de ouro, entre outros recursos naturais). Eis os motivos para os EUA terem esse “senso
humanitário”, sedimentado nas
ambições econômicas e imperialistas dos EUA, sobretudo
no desgoverno desse fascista que
os estadunidenses colocaram no
poder. Domínio do petróleo é a causa desse rompante hipócrita de humanitarismo dos EUA e seus capachos, aguçado pelas relações próximas do governo bolivariano com a Rússia e a China, países que têm ajudado a Venezuela nesses
tempos difíceis causado por quem agora se diz preocupado com os
“direitos humanos “. Acerta o governo em defender seu território
e não aceitar essa
provocação…certamente Bolívar
faria o mesmo…Lamentável artigo
que mais desinforma do que esclarece a conjuntura em curso na Venezuela e na América Latina…!!!
que mais desinforma do esclarece os fatos…!!!