(In)Suficiência Comum

Março de dois mil e vinte. O Brasil e o Mundo foram tomados por uma insuficiência comum. Respiratória? Não. É algo mais. Um quê no sentido humano, dadas as perdas que poderiam ter sido evitadas se houvesse mais humanidade entre eles. Eles? Nós? Ninguém assume a culpa.

E nem vai. Porque já não importa. Se foi a China, os cientistas malucos, as empresas do lucro… o que importa é que se tornou um problema de todos. E todos, inclui eu e você. Sim. Já pensou se os caras lá do hospital pensassem nisso? Não haveria hospital. Não haveria tratamento. O egoísmo seria o carro-chefe e até a medicina ficaria escassa. Eaí?

Eaí que já não importa. Muitas perguntas são feitas e poucas respostas para elas. Porque não houve tempo. Muitas vítimas em foco e pouca atitude dos alguéns. Porque não sabem, se fazem? Muito pra ser estudado e compreendido e muitos trabalhando nisso. Porque há esperança, apesar dos pesares.

E o mundo não para. Enquanto isso milhares de guerreiros estão empunhando suas pipetas, seus frascos e testes a fim de trazer respostas. Alguns governantes acordaram cedo e fizeram o que tinha de ser feito; alguns. E nós, que também fomos convocados, permanecemos em casa. Sim. Respondendo e seguindo rumo ao pós.

Nos reviramos pro ar de uma hora pra outra. E isso é motivo de repensamento. A natureza tem dado os seus sinais do quão podemos ser doentios para com ela; rios voltando, peixes saindo, ares dançando. As pessoas viram que em suas casas, muitas vezes, há espetáculos maiores. Há sempre o algo mais diante de tudo.

Sê leve e sábio frente às insanidades. O mundo agora é uno e conta contigo para ser mais. O globalismo te mostrou que estamos todos conectados e nos convida a entrar em comunhão. Pela saúde e pelo retorno: fiquem em casa!”

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