A estranha onda das reformas, por Jana

Parece que o país vive uma onda. É muito fácil criar ondas no Brasil. Basta apontar um problema, pedir a uma autoridade ou um especialista para dar um diagnóstico ou apenas fazer uma análise e pronto. Estão dadas as condições de se criar a nova onda. Alguém vai à tribuna do Parlamento ou usa sua coluna na imprensa e lança uma ideia salvadora. Normalmente tudo termina em nada, dá samba ou pizza.

O problema é que as ondas de hoje já nascem batizadas de “reforma”. É reforma fiscal, reforma previdenciária, reforma política, reforma tributária e, agora, por último, mas não menos importante, reforma bancária. É a sociedade querendo resolver os problemas de cima para baixo, usando apenas a força da lei. E estamos todos cansados de saber que lei não resolve problema social nenhum. Também não resolve problema econômico, nem político.

Chega de intervenção do Estado, chega de leis e normas. É preciso deixar a sociedade e o mercado agirem e corrigirem-se pelo método empírico mais eficaz em toda a história: o da tentativa e erro. Este não falha, exige algum tempo e cobra seu preço, mas, ao fim e ao cabo, custe o que custar, apresenta o resultado.

Agora querem fazer uma reforma bancária. Por que? Para que? Para beneficiar empresários ineficientes, inadimplentes e incompetentes? Para garantir empréstimos a quem não pode pagar e a quem não tem garantias a oferecer? Por que não buscam sócios? Por que não buscam parcerias internacionais? Afinal, há capitais livres em grande quantidade (monumental quantidade) rendendo pouco no mercado financeiro esperando por boas ideias e gestores capazes.

O sistema bancário tem que apenas ser líquido e sólido, todo o resto deve ficar por conta do mercado. E se a autoridade monetária tem alguma obrigação legítima é de apenas garantir que haja real e dura competição em todos os aspectos do negócio da corretagem do dinheiro. Nada mais.

Jana

Janete Nassi Freitas, nascida em 1966, fez curso superior de Comunicação, é expert em Administração, trabalhou como executiva de vendas e agora faz consultoria para pequenas e médias empresas, teve atuação em grêmios escolares quando jovem, é avessa a redes sociais embora use a internet, é sobrinha e neta de dois vereadores, mas jamais engajou-se ou sequer chegou a filiar-se a um partido, mas diz adorar um bom debate político. Declara-se uma pessoa “de centro”. Nunca exerceu qualquer função em jornalismo, não tem o diploma nem o registro profissional. Assina todos os textos e inserções na internet como “Jana”.

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Janete Nassi Freitas, nascida em 1966, fez curso superior de Comunicação, é expert em Administração, trabalhou como executiva de vendas e agora faz consultoria para pequenas e médias empresas, teve atuação em grêmios escolares quando jovem, é avessa a redes sociais embora use a internet, é sobrinha e neta de dois vereadores, mas jamais engajou-se ou sequer chegou a filiar-se a um partido, mas diz adorar um bom debate político. Declara-se uma pessoa “de centro”. Nunca exerceu qualquer função em jornalismo, não tem o diploma nem o registro profissional. Assina todos os textos e inserções na internet como “Jana”.

1 comentário

  1. Francisco Luciano Gonçalves Moreira

    É sempre muito bom saber que há outros olhares para uma mesma questão. Gostei do que li. Acho até que o Brasil não precisa de reformas, mas de choques. Choque de cidadania, de honestidade, de transigência, de brasilidade. E, em especial, choque de consciência.
    Recorro a Belchior, em VELHA ROUPA COLORIDA: “Que uma nova mudança em breve vai acontecer. […] E precisamos todos rejuvenescer.”