Domingo à Noite

 

Sábado. 11 horas. AM, PM? Que importa? Importa é o quanto somos capazes de mudar… mesmo em doze horas, 12 minutos ou até mesmo em d o z e segundos. O certo é que não somos os mesmos. A cada tempo passado, presente ou futuro, respiramos e nem sequer sentimos, pisamos, mas não sabemos, olhamos, será que vemos? Havemos de saber.

Os dias são como matrizes, aquele mal-saber da matemática; eles têm as linhas que são os fatos e as colunas que somos nós, os trespassados, passando pelos tais. Difícil é soluciona-los!

Como seria melhor às vezes nem sabê-los. Há dias de somar, multiplicar e até mesmo de elevar as potências; mas também há dias de subtrair, dividir e de minorar qualquer possibilidade. Desses dias fugimos, mas nem sempre. E eu ainda prefiro ver além disso, viu? A vida é bélica. Será se há como vencer a entropia?

Talvez haja. E em havendo, estamos todos no mesmíssimo barco. Pilotando essa nau envergonhada do ao sul do planeta. João Bosco diz: “vou partir na geleira azul da solidão”, e eu concordo. A solidão é algo nisso; azul, gelado, frio, cortante e algo revigorante? Tem que saber ser sozinho, antes de ser.

E nessa ida, vamos indo. Eu que gosto muito de caminhos – pensa-los e construi-los -, entendi bem que sonhos são a sutileza tática pra nós manter ainda vivos e algo esperançosos diante disso tudo aí que vemos (e especialmente do que não vemos!). Entendi também que é preciso um porquê pra muitos comos no 21, e que nele, o sol não é tão bonito pra quem vem, seja donde for…

Será o último século? Será a revelia? Será a redenção? Será, que será?

Eu prefiro ir sonhando muita coisa…

 

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