Trecho de notícia comentada da Carta Capital sobre ranking do Agronegócio feito por revista da Globo (que recebe elogio):
“…
Em 2017, as 500 maiores empresas do agro registraram receita de 725,5 bilhões de reais, um aumento de 34,2% sobre 2013, o que significou uma taxa anual de crescimento de 6%. Por óbvio, acima do PIB nacional.
O intervalo entre a empresa número 1, a Cargill, com origem do capital nos EUA, para as 20 últimas nacionais que se espremem para não cair na Série B, varia entre 34,2 bilhões de reais e, em média, 60 milhões de reais. Diferença abissal considerando a fatia da amostragem.
Se tomarmos, entre as 500, as 50 maiores (10%), chegamos a uma receita líquida de 491 bilhões e reais (68%), uma concentração brutal, pois. Destas, 54% tem capital com origem em países do exterior, e majoritariamente estão nos segmentos da indústria de soja, óleos e tradings, complexo de carnes, distribuição de alimentos e bebidas, fertilizantes e agrotóxicos (de agora em diante, com Tereza Cristina, apelidados de defensivos).
Entre as 450 empresas seguintes, apenas 38 (8,5%) têm origem do capital fora do Brasil (Japão, Holanda, Argentina, e mais alguns países isolados). A grande maioria é de capital nacional e sua participação cai na razão direta em que suas receitas vão ficando menos expressivas. São mais de 400 bravos lutadores pelo agro brasileiro, certo?
Entre as 500 não encontrei alguma que produzisse apenas insumos de origem natural, orgânica ou mineral. Talvez por isso a nossa empresa nunca irá estar entre as 10 mil maiores do agro…”
Johnatan Ivini
É o Nosso Brasil!