Memórias de um feminino insubmisso – Pedro Henrique

Simone de Beauvoir não se intimidou diante de Sartre. Sartre é bem ruim frente a ela e a Camus.

Antígona, filha de Édipo, enfrentou Creonte porque queria o devido enterro do irmão.

Cecília Meireles, Clarice Lispector, Raquel de Queiroz, Bárbara de Alencar, Helena Blavatsky.

Quantas mulheres não se afirmaram ao longo do tempo? Não repute o apagamento de sua sutileza a outrem, como no drama de Claudel e aquele outro que agora nem me lembro o nome.

Mesmo Padre Cícero não impediu que Maria de Araújo, a Beata que operou (embuste ou não) o milagre da hóstia em sangue, fosse tida como uma ninguém.

Frida Kahlo passou um ano ou mais enfaixada numa cama pintando e depois resolveu mostrar ao mulherengo do Rivera, encantado com os Rockfeller, alguns de seus quadros e perguntou: acha que devo insistir nisso? Ele disse: certamente. E ela nunca baixou a cabeça pra ele.

A intifada de mulheres na Espanha de 36, de rifle em punho, fuziladas pelos comunistas.

Maria Bonita no sertão nordestino…

Memórias de um feminino insubmisso.

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Memórias de um feminino insubmisso – Pedro Henrique