O deputado Ely Aguiar (PSDC) discorreu os números da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará sobre assassinatos de mulheres nos primeiros meses de 2015.
“Vocês sabem quantas mulheres já foram assassinadas no Ceará somente este ano? Mais de 100. E eu não vi ninguém levantar a voz para cobrar das autoridades a solução deste problema. Vejo a preocupação com fatos que acontecem no Rio de Janeiro e Brasília envolvendo mulheres, mas esquecem das nossas raízes”.
O deputado chamou a tenção para o fato de em nenhum outro Estado brasileiro, o número ser tão alto. Roberto Mesquita relembrou alguns casos de mulheres assassinadas no Ceará, sem resolução. “Até hoje não sabemos quem matou a turista italiana Gaya. Em Juazeiro do Norte, uma professora e sua filha foram assassinadas dentro de casa. Em Sobral, mataram a avó, a mãe, a filha e uma colega. E, como esses, vários crimes ainda são um mistério”.
O parlamentar exigiu uma maior atuação dos deputados para que seja tomada uma providência urgente em relação aos crimes contra mulheres, pois “trata-se de uma mancha negra no Estado do Ceará”.
Em aparte, a deputada Fernanda Pessoa (PR), disse que o que dificulta a resolução destes crimes é a falta de delegados nas delegacias do Estado, precarizando o trabalho investigativo. “Muitos destes criminosos sequer receberam uma intimação para depor”.
O deputado Renato Roseno (Psol) ressaltou que a região do Cariri é onde ocorre a maioria dos crimes contra mulheres. O deputado disse que apresentou requerimento à Comissão de Direitos Humanos da Casa para realização de uma audiência pública no Crato. A deputada Augusta Brito (PCdoB) lembrou que vários requerimentos sobre o assunto tramitam na Casa e devem ser acompanhados, pois a Assembleia não está alheia ao assunto.
Fonte: http://www.al.ce.gov.br