Tsipras foi eleito em janeiro, com grande votação, onde era o grande líder da oposição grega, com a promessa de por fim as medidas de austeridade demandadas pelos credores. Medidas estas que eram, de: ajustar o imposto ao consumidor; fazer reformas múltiplas no sistema de aposentadorias e pensões; privatizar o setor elétrico; criar leis que assegurem “cortes de gastos quase automáticos”; garantir a independência do sistema de estatísticas; reduzir os gastos do governo e do sistema de justiça civil; e reformar o sistema trabalhista. Contudo, acabou por ceder à pressão da União Europeia aceitando adotar as medidas – mesmo após o referendo realizado em julho, que 61% dos gregos se mostraram contra a aceitação do acordo. Segundo ele, para evitar o maior enfraquecimento da economia e sua exclusão da UE.
A grande manobra política, realizada por Tsipras, ocorrida na Grécia ocorre a partir do momento em que começou a enfrentar uma rebelião dentro de seu partido, o esquerdista Syriza, desde a aprovação do acordo para ajuda financeira ao país. Pois parte significativa dos parlamentares não apoiou o governo na votação que aprovou o resgate, no valor de € 86 bilhões. O que para muitos, teria culminado em seu, possível, enfraquecimento político.
Contudo a renuncia ao cargo, em agosto, e a convocação de eleições gerais, após o recebimento da primeira parte do empréstimo europeu de 13 bilhões de euros, o que permitiu ao país pagar imediatamente e no prazo os 3,4 bilhões de euros ao Banco Central Europeu (BCE), assim como um empréstimo-ponte de 7,3 bilhões de euros da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI), seriam para ele voltar ainda mais forte. E foi o que aconteceu, no processo eleitoral, onde o Syriza, com a liderança de Tsipras conseguiu uma expressiva votação de mais de 35% dos votos. Mostrando o sucesso de sua estratégia, no que o fortalece ainda mais na condução da Grécia, seja internamente e externamente. Dando respaldo a todas as medidas que forem necessárias e implantadas para salvar a economia grega.