Uma Mulher Fantástica: E o cinema como uma janela aberta ao mundo

O cinema pode ser uma janela, ou um portal, potencialmente aberto para o mundo. Essa é uma das suas inúmeras naturezas. E também um dos motivos que o tornam uma arte tão imprescindível na história do ontem, do hoje e do nosso amanhã. Falando-se do presente, é com uma alegria imensa que vemos trabalhos que […]

Três Anúncios para um Crime: E o cinema como exercício de inconsistência, por Daniel Araújo

O mito é uma das bases fundamentais para a conceituação da atividade cinematográfica. O conceito apresentado e defendido pelo mestre André Bazin¹ ainda na década de 1950, nos leva paradoxalmente ao encontro da ideia de indissociabilidade do registro realista pelo exercício fílmico. Mais de meio século depois, é revigorante percebermos o quanto a contradição dos […]

A Forma da Água: E o paradigma da obra-prima cinematográfica, por Daniel Araújo

O que caracteriza uma obra-prima dentro do universo que a cinematografia encerra em si? É a sua forma e sentidos? Ou uma mescla de cada parte desses conceitos? Os recentes comentários e abordagens dispensados ao novo trabalho do diretor Guillermo del Toro nos incita a uma reflexão um pouco mais cuidadosa sob o modo como […]

Corpo Delito: o cinema como processo de desidentificação, por Daniel Araújo

O Ceará possui, dentro do escopo da cinematografia contemporânea, uma das produções mais potentes em pleno desenvolvimento. Libertos do estigma de um cinema barroco, de cangaço ou mesmo de uma proposta abstrato-experimental, expandimos nossas criações em um acompanhamento muito positivo ao fluxo cinematográfico nacional. Nesse cenário é que surgem longas metragens como  o pertinente “Corpo […]

The Square: E a arte da consonância

Quais os limites da arte? E qual a relação desse meio com o meio que compõe o corpo social contemporâneo? Essas são algumas das questões que movem o cinema contemporâneo e nos instiga rumo a um exercício de pensarmos a atual cinematografia para além das suas próprias extremidades. E no exercício estético-formalístico das possibilidades que […]

O Sacrifício do Cervo Sagrado: E a intrigante máxima do inexplicável

O estranhamento é uma das principais marcas do atual cinema contemporâneo. Esse traço, entretanto, nada tem a ver com o fato de as obras dos realizadores em questão serem esquisitas ou incompreensíveis, em seu sentido lato. O “estranhar”, nesse caso, advém muito mais da condição e modos como esse cinema se coloca para o espectador […]

Superdance: E o cinema como arte da deriva

O cinema pode ser pensado como uma maravilhosa arte que encontra no conceito de deriva, uma de suas propriedades mais poderosas.  E nesse devir criativo é que a expansão das possibilidades narrativas do exercício cinematográfico se colocam mais assertivamente. Foi partindo da gênese desses conceitos que filmes como o excelente Superdance (2017) chegam aos nossos […]

À la Cida: E o cinema como exercício do absurdo

A tradição que coloca o Ceará como uma “terra do humor”, há tempos deixa resquícios de uma vocação muitas vezes autoritária. Somos mesmos apenas isso? Certamente não. Mas quando levamos esse traço ao nosso fazer cinematográfico, é sempre revigorante quando notamos que os novos realizadores do Estado buscam imprimir outras nuances nas produções de gênero, […]

Toy Story 3: E a animação como cinema total, por Daniel Araújo

O cinema de animação, assim como todo gênero da história da cinematografia, tem uma série de códigos específicos e particulares. Um desses pontos é certamente a capacidade de nos apresentar histórias e personagens que dialogam horizontalmente com crianças, jovens e adultos. E mais do que obras orientadas ao público infantil, essa vertente cinematográfica pode se […]

Raw: E o exercício do terror além do horror

O cinema de horror tem sido nos últimos anos colocado em perspectiva por uma leva de obras que mesclam códigos tradicionais do gênero com novos elementos, sobretudo advindos da interpretação de uma leva de autores da cinematografia contemporânea. Uma dessas autoras é francesa Julia Ducornau. Com seu terror dramático “Raw”, que no português diz respeito […]