Senador do PSB pede ao Planalto para explicar a íngovernabilidade

O senador Jorge Kajuru (PSB-GO) afirmou em Plenário, nesta segunda-feira (20), que protocolou junto à Mesa Diretora do Senado requerimento pedindo esclarecimentos ao ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, sobre texto endossado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, em que situa o Brasil como “ingovernável fora de conchavos políticos”.

Kajuru fez referência a um texto repassado pelo chefe do Executivo, por meio de aplicativos de mensagens, no qual um militante do partido Novo afirma que não é possível governar o país sem conchavos. O conteúdo se tornou público na sexta-feira (17).

O ministro-chefe da Casa Civil é o responsável por assistir diretamente o presidente da República no desempenho de suas atribuições, especialmente na condução do relacionamento do governo federal com o Congresso Nacional e, por esta razão, como defendeu o senador, deve esclarecer as informações contidas na mensagem para que haja a devida separação entre o “joio e o trigo”.

No requerimento, como antecipou, ele faz quatro questionamentos ao ministro:

“Que conchavos são estes propostos ao presidente e aos seus articuladores políticos? Que partidos e/ou parlamentares estariam agindo de forma não republicana na relação com o Executivo? Quem está, no Congresso Nacional, defendendo o ‘toma lá, dá cá’? E quem está impedindo o presidente de governar? Quem é?”, pergunta o senador.

— Eu não aceito entrar em um restaurante, em um estádio de futebol, em um bar, e alguém chegar a mim e dizer: “Senador Kajuru, o senhor está prejudicando o presidente, tornando o país ingovernável?” Eu não! Separe o joio do trigo e diga quem, porque fazer críticas pontuais não significa tornar o país ingovernável, ter opinião própria não significa isso, da mesma forma — reclamou.

Agência Senado

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SEGUNDA OPINIÃO é um espaço aberto à análise política criado em 2012. Nossa matéria prima é a opinião política. Nosso objetivo é contribuir para uma sociedade mais livre e mais mais justa. Nosso público alvo é o cidadão que busca manter uma consciência crítica. Nossos colaboradores são intelectuais, executivos e profissionais liberais formadores de opinião.

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