O Brasil já poderia estar bem melhor se não fosse pelas más expectativas políticas que vêm do futuro para perturbar o presente. Sim , o problema todo da economia brasileira são os riscos embutidos numa volta ao passado populista e irresponsável. Em outras palavras, nossos problemas estão numa cadeia de Curitiba. Mas como assustam!
A volatilidade do mercado de câmbio tem raiz, claro, nas mudanças radicais que estão acontecendo na economia americana e mundial, a começar pelo aumento de juros pelo banco central norte-americano e pelas ameaças recíprocas de guerra comercial EUA-China. Mas, o efeito-Lula vem de longe e tudo potencializa, tudo complica, tudo atrapalha.
Os solavancos aparentemente inexplicáveis das cotações na bolsa de valores também têm a raiz em Curitiba. Uma volta ao passado nas próximas eleições ameaça todo o plano de privatizações e de parcerias público-privadas que estão sendo articuladas em Brasília neste governo de transição democrática. Potenciais compradores de empresas brasileiras de todo porte e de toda parte do país colocam um pé atrás e vacilam com um olho no pós-eleição.
Felizmente, temos um mercado bancário sólido e líquido que acumulou no passado distante, antes do Plano Real, a experiência e a capacidade de sair-se bem mesmo com a instabilidade das montanhas russas e um banco central que sabe postar-se e apontar e estabilizar as melhores expectativas mais imediatas e mais objetivas.
É claro e transparente, mas convém repetir, que a retomada da economia só não foi imediata e vigorosa por causa do efeito-Lula e dos estragos monumentais de desmontagem que o Brasil sofreu nos três mandatos de populismo misturado com corrupção. Mas, devem os brasileiros e brasileiras de boa fé manter-se firmes na esperança e confiar: a mudança já aponta na linha do horizonte.
Agora, o novo fator de estabilidade ou instabilidade econômica pode vir do Poder Judiciário. Vamos torcer que seus membros resistam aos apelos populistas e mantenham o leme firme rumo ao futuro de mar tranquilo e aberto da prosperidade para todos.