A religiosidade há muito tempo vem deixando as pessoas fanáticas. Muitas acreditam que ao morrerem poderão viver outras vidas, ou que Jesus voltará. Outras acreditam que o Cristo prometido pelos judeus ainda nem veio ao mundo; e até se deva acreditar em apenas uma religião e condenar a todas as outras à extinção. Religião é uma questão de fé. Algumas pessoas são fanáticas. Se todos colocassem a vida em primeiro lugar, e buscassem o que é bom para si e respeitassem o próximo, tenho certeza, o mundo seria melhor.
A crença em alguém ou alguma coisa é comum, e acontece desde a pré-história. Porém, a religião, surgiu muitos anos depois, sendo a mais antiga o Islamismo. Hoje, depois de milhares de anos, milhares de guerras religiosas, milhares de ideologias, fico a perguntar: qual será a certa?
Eu fui criado na religião cristã mas, na adolescência, acabei me afastando por vários motivos. Quando eu era criança, perguntava a minha mãe, que é evangélica: “…e os índios, ou as pessoas que morreram sem conhecer “a palavra de Deus”, a Bíblia, eles foram para o inferno?”. Essas e outras questões, sem respostas ou meias respostas. A verdade é; você é livre para acreditar no que quiser, contanto que respeite o direito e a crença do próximo.
Por que acreditar em Buda, Cristo ou em Maomé? Cada um tem sua razão para acreditar no que acredita; o motivo de você achar a sua religião certa não quer dizer que a do outro possa estar errada. Seguimos uma religião por influências culturais. E se a religião dos índios da tribo da Polinésia for a religião certa, como sugere o vídeo “Deus”, do canal do Youtube “Porta dos fundos”? O que será de nós, que passamos a vida acreditando na Bíblia ou no Alcorão? Podemos ser melhores que essa loucura fanática; ser melhor conosco, e com as outras pessoas. Não peço que seja um ateu, porque não ter em que acreditar deve ser um tédio; mas sim, respeitar a crença e a opinião do próximo.
A própria Bíblia Sagrada tem uma definição para o que é religião certa. “A religião pura e imaculada para com Deus e Pai é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo”. (Tiago 1:27)
Jesus Cristo, sábio, inspirador da religião cristã, antes de tudo, pregava o amor e o perdão. Ele transformou homens sem educação, ignorantes, como Pedro, em grandes homens. Deu argumentos para salvar uma prostituta (Maria Madalena, que pela lei da época poderia ser apedrejada). A religiosidade deveria ser antes de tudo a difusão do amor, e sem nenhum espaço para o fanatismo radical e intolerante. Quando Jesus diz: “Ide por todo o mundo e pregai as boas novas” (Marcos 16:15), ele quer que se difunda o amor pelo mundo e não a intolerância religiosa.
Se você se acha religioso, e não sabe perdoar, não sabe amar, não pratica a caridade aos necessitados, é intolerante, desculpe-me, mas você não vai para o “céu” (paraíso). Nenhuma religião salva, o que salva é o amor que você sente pelo próximo, e o fanatismo apenas prega o ódio, a divisão e a revolta. Seja tolerante, respeite a religião do outro, não seja um fanático abusivo.