´Pré-leitura´ do disco “Palavra”, de CARLINHOS PERDIGÃO – por Osvaldo Euclides

O AUTOR

Carlinhos Perdigão é músico – baterista, percussionista — , poeta, produtor cultural, arte-educador, professor de língua portuguesa da Faculdade Plus e da UNIQ. É autor do livro “Fragmentos: poemas e ensaios”. Tem formação em Letras e Administração, com pós-graduação em Gestão Escolar.

A OBRA

O disco (compact disc) PALAVRA, de Carlinhos Perdigão, foi lançado em março de 2017.  Em 2019, o autor realizou, em junho, um show especial no palco do Cine Teatro São Luiz, dando vida e um novo passo na trajetória de sua criação, que pode se desdobrar numa versão audiovisual – DVD. Onze músicas compõem o álbum. As letras são todas de Carlinhos e as composições dos parceiros Marcelo Justa (em nove delas), Júnior Boca e Nigroover.

CIRCUNSTÂNCIAS

Pela trajetória profissional e por sua formação, vê-se que Carlinhos Perdigão sempre manteve vínculos fortes com a cultura artística e com o mundo intelectual. Especificamente com o ritmo e com a música, ele se declara “arrebatado” pela bateria e pela percussão desde os sete anos de idade (embora também tenha estudado violão, piano e flauta). Com seus  três parceiros, fez seus versos (inspirados em poemas de seu livro) ganharem ritmo e agora uma nova plataforma (o CD).  Trata-se do álbum musical de estreia, produção independente.

A IMPORTÂNCIA DA OBRA

“Palavra” é um acontecimento artístico-cultural relevante, por sua beleza intrínseca e por seus inúmeros atributos positivos. Carlinhos Perdigão entra em cena como autor com uma peça musical de personalidade marcante, original na concepção, rigorosa na produção, rica na variedade de ritmos e portadora de mensagens expressivas na alma de seus versos.

A OBRA

O álbum PALAVRA, de autoria de Carlinhos Perdigão, traz onze músicas de variados ritmos – junta blues, blues de raiz, sons progressivos, baladas, black music e rock´n´roll. A produção envolveu uma extensa equipe de profissionais, quase variando de forma a ter um grupo para cada música, ora trocando o arranjador, ora os vocais, ora os solistas. Prevalecem absolutamente profissionais do mercado regional em todos os aspectos do trabalho.

Os versos que compõem as letras das onze músicas são a face essencial e o ponto de convergência de todo o álbum e, juntos a todos os elementos da produção, contribuem decisivamente para fixar nitidamente a mensagem inquieta e inquietante de Carlinhos Perdigão.

Canto Americano, Sangue e Meu Canto são três faixas especialmente cativantes para um ouvinte mais eclético, assim como ´Paraíso Blues´ certamente grudará nos corações roqueiros. Traduzem com perfeição a ideia de fusão da poesia com a música, da mensagem com o ritmo, da criação com a produção.

INSIGHTS

“Canto para ti, América! / Não um canto qualquer./  Mas uma canção de vida. Um vivo canto de fé!”

“Tristes os momentos do ocaso / Trazendo a escuridão da noite / Pois quando ela vem me transformo em mago, / Mestre, senhor e deus do açoite.”

“Meu canto é assim… terno / Como a real chama do lírico fogo eterno / Que anda e não cansa.”

“Seremos átomos?/ Não sei… Afinal, o que somos?/ Cromossomos, talvez…/ Quem somos?/ Música, com certeza!”

“Em meu braço corre sem dono / O sangue quente da esperança. / A ferida do meu braço sem sono / é sangue que sai e que sangra.”

“Meu amor pelo meu amor / Existe e é todo um deserto / Não é nada, não é certo.”

“Estou só, e canto sem pressa / A procurar num espelho / Algo belo e cruel que meça / Meu amor nunca velho…”

Sobre o autor:

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