O ministro da Economia Paulo Guedes só consegue se manter na função porque tem como chefe alguém declaradamente incapaz ou minimamente interessado no que está contecendo com o país. O presidente da República tem uma agenda que não inclui nem a economia, nem o país real. É isso que dá a Guedes tanto poder, a começar pelo poder de não fazer nada certo, de contar meia dúzia de mentirinhas e de enganar o que ele mesmo chamou de “200 milhões de idiotas”.
Paulo Guedes já prometeu os céus quando era preciso fazer passar uma Reforma Previdenciária que não mexia com o andar de cima e cortava direitos mínimos do andar de baixo. Ele dizia que, feita a Reforma da Previdência, os investimentos levariam o país a crescerno ano seguinte a 3 por cento, e no seguinte a 6 por cento.
Depois, Paulo Guedes encorpou a conversa fiada de que as mudanças nas regras trabalhistas (já duramente afetadas pela ação do governo anterior) ajudariam a gerar até 2 milhões de empregos. E todo mundo viu que nada disso aconteceu.
Paulo Guedes agiu como um encantador de serpentes ao convencer toda a imprensa brasileira de que era portador de uma ciência que traria “reformas” capazes de destravar o crescimento acelerado do país. Ele nem precisou apresentar e defender as tais “reformas”, porque a imprensa (sem conhecê-las) taxava-as de “modernas, virtuosas, necessárias, urgentes, consistentes”.
O resultado negativo do PIB no primeiro trimestre do segundo ano de governo mostra que Paulo Guedes só tem papo furado. Ele dizia, vaidoso, em fevereiro, que o Brasil já estava “rodando a 2 por cento de crescimento”. A mentira tem pernas curtas.
Veio a pandemia e o que disse Paulo Guedes: “Com 5 bilhões de reais a gente resolve a crise na saúde.” Para os bancos, o pacote de vantagens pode somar 976 bilhões de reais.
Agora, Paulo Guedes voltou à carga, feito um caixeiro viajante. Tira da sacola de papo furado, mais uma ideia que vai impressionar o chefe e convencê-lo de que “agora vai”. Guedes quer atrair investimentos externos para saneamento, cabotagem, petróleo.
Um jenio, um çabio, com a licença de Elio Gaspari.Fala sério, cara!