Todo excelente ator tem uma performance impecável nos papéis que desempenha.
Paulo foi um filho obediente, um pai exemplar, um marido afetuoso, fiel e responsável, um irmão cuidador, um genro-filho, um cunhado-irmão, um jornalista diligente, um magistrado imparcial e um amigo presente.
Este bravo homem, desfilou, com pureza e elegância, pelas avenidas dos tribunais, das academias, da espiritualidade, das artes, da literatura, da imprensa falada e escrita, do direito e por último, das UTIs dos hospitais.
O realce é maior, porque as cenas aconteceram nos palcos brasileiros, carentes, quase sempre, de grandes reparos técnicos, éticos e morais em quase todos os seus quadrantes e instâncias.
Paulo, esse ator-master, não pisa em falso, não cai, nem comete gafes, e adquire uma aura quase santa que a todos ilumina e conquista.
Nosso ídolo não é um astro hollywoodiano, mas foi destaque em todas as peças que representou e performou, com estilo próprio e de forma inatacável.
Paulinho, como a Gilmaíse costuma chamar, fez muita gente sorrir e chorar, com sua voz grave, nas novelas radiofônicas dos anos 60;
conquistou fãs com suas crônicas bem desenhadas e curtas, mas de longo alcance intelecto-emocional;
fez justiça, aplicando o direito divino, e contrapondo-se ao direito dos homens, em alguns casos, para não ser injusto;
sempre beijou a Luciana, a Flavinha e a Betinha com muita atenção e carinho;
Acariciou, de forma sutil e com delicadeza, seus netinhos – Caro, Ceci e Gucci;
abraçou, com afeto singular, a Gilmaíse, sua digníssima esposa e colega de magistratura;
amou, cada pessoa, pela sua essência e não pelo status social;
exerceu, de forma humilde e autêntica, a humanidade em seu sentido mais amplo.
Como espírita praticante, Paulinho, entendia que rosas e espinhos tinham uma função nobre a cumprir e devem ser entendidos e amados indistintamente.
Hoje, primeiro de março, às vinte uma horas, as cortinas se fecham, lentamente, em harmonia com a sua forma leve de pensar, de sentir e de viver.
Paulo se recolhe sob aplausos efusivos que irrompem da plateia, presente e à distância, que chora e ri com saudade dos espetáculos que ele produziu e protagonizou, tendo como coadjuvantes a Gilmaíse, sua esposa e suas filhas Luciana, Flávia e Roberta.
Registro a presença do Dr. Jaime Merchan e de seus filhos – Carolina, Cecília e Gustavo, esposo e filhos da Flavinha, que vieram do exterior para essa cerimônia.
Presentes, também, os senhores Gilberto Barros, marido da Betinha, e Max, namorado da Luciana.
Agora resta o silêncio sepulcral, que incomoda os ouvidos, as saudades que apertam nossos corações e os olhos que derramam lágrimas.
O Paulo é Um Exemplo a Ser Seguido.
Abraços saudosos dos seus padrinhos de matrimônio e compadres, Gilmar e Marluce, da sua afilhada Savana e dos seus sobrinhos, Daniella, Cristiane e Ben-Hur.
Para o nosso grande ator, Paulo Eduardo Mendes Sobrinho, uma calorosa salva de palmas, pelo grande legado que deixou.
Paz e Luz! 🙏🏼