É preciso dizer com todas as letras e repetir onde for possível e quantas vezes for necessário que a crise grave e profunda que o país atravessa é culpa e responsabilidade exclusiva dos governos de esquerda que se apropriaram do poder, vencendo eleições só Deus sabe como e criando um sistema de conquista de votos que se supunha invencível.
Bastaram apenas três mandatos para que todos pudessem ver o desastre que se produziu nas contas fiscais, na gestão da máquina pública e na própria ideia de democracia, o regime do povo,pelo povo e para o povo. Clientelismo em cada programa social, déficit fiscal gigantesco e crescente, crescimento econômico pífio e precário e, por último, mas não menos importante, corrupção com sinal verde para todos os amigos do Rei.
Agora, estamos nessa enrascada. A crise desce na hierarquia e se espraia. Os três governos de três estados importantíssimos literalmente quebraram. Chegaram ao cúmulo de atrasar o pagamento de salários e pensões, sem falar na precariedade dos projetos e programas sociais. Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro vão ter que enxugar suas estruturas e privatizar “o que for possível”, como previu Michel Temer na “ponte para o futuro”. E que o façam rápido e sem burocracia, que é a forma de atrair o maior número de investidores possível e alcançar o maior lance nos leilões, se der tempo para fazer leilões, onde couber leilões.
Sim, privatizar é melhor do que cobrar impostos ou aumentá-los. Chega de carga tributária, já está demais, o povo não aguenta tanto imposto, só em falar em cumprir burocracia, a gente sente alergia. Aliás, o Rio de Janeiro fez uma transação com um banco e já vai botar seus pagamentos em dia, logo, logo privatiza a água e melhora um pouco o caixa. E assim, vamos reduzindo o papel, o custo e o tamanho do gigante estatal em nossas vidas e na vida do país.
Chega de Estado. Privatizar é sanear, é evitar corrupção, é cortar nepotismo, é eliminar clientelismo. Que venham as privatizações. O momento é muito oportuno para acelerar negócios.
Vejam o que a esquerda nos obriga a fazer por conta de sua irresponsabilidade.
P.S.: a meu vizinho de página, deixo a tarefa de defender o indefensável, vou em frente, os cães ladram e a caravana passa.