Já estava demorando o anúncio da temporada de privatizações. Alguma coisa já vinha sendo feita, como a troca de ações da Vale, que zerou o poder de mando que a União detinha ainda, uma operação enxutíssima, discreta, rápida e eficaz, onde todos ganham e ninguém reclama. Agora está completa a privatização feita lá atrás, no governo tucano de FHC. A mudança na governança e no controle da Embraer é outra complementação esperada pelo mercado há tempos. No mesmo contexto, se poderia citar a liberação de venda de terras para investidores estrangeiros e a abertura de grandes áreas da Amazônia para mineração (e logo, logo a provável extinção da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais), que não deixam de ser uma forma de facilitar novos negócios.
A bola da vez, pedra cantada pelo mercado faz tempo, é a Eletrobrás. O povo brasileiro queimou quase meio trilhão de reais nessa gigantesca estatal ao longo de décadas e o que construiu foi um monstro de burocracia e incompetência. A energia que os consumidores e as empresas usam é cara e de baixa qualidade, do Oiapoque ao Chui. Na mão de competentes e austeros empresários privados, a Eletrobrás poderá ser uma empresa ágil, enxuta e rentável. Que ninguém preste muita atenção no discurso da esquerda radical e fanática.
O passo seguinte pode ser a privatização da Petrobrás. A atual diretoria, nomeada pelo presidente Michel Temer, no espírito da ‘ponte para o futuro’, está preparando a empresa, eliminando excessos e reduzindo custos e aparando investimentos de baixo ou duvidoso retorno. Até um PDV já foi feito. Não tenham dúvida: a Petrobrás voltará a ser uma empresa exemplar e a estrela do mercado de ações, pagando ótimos dividendos aos investidores.
Espera-se um processo de venda desburocratizado, ágil e dentro das leis de oferta e procura. Um leilão bem feito é garantia de melhor preço possível, consideradas as circunstâncias.
Importa que tudo seja feito de maneira a evitar qualquer insegurança jurídica. O mercado não merece ficar ansioso com a próxima eleição. Michel Temer e seu pessoal estão construindo um Brasil novo, moderno e ágil, em substituição a um Brasil gordo, atrasado e lerdo.
Os brasileiros estão pagando pra ver.