O governo do PMDB vem tomando medidas nos mais diversos campos [ Finanças, Economia e Administração ] fato que, certamente, demonstra a vontade de realização ao dar um novo perfil a uma gestão bem diferenciada daquela que o PT conduziu por longos 15 anos. Agora em flagrante oposição ao atual governo , o PT escolheu o caminho da contestação, e assim procedendo poderia (no condicional mesmo) até promover a desestabilização e essa não veio.
Diferente é a forma de encarar os problemas, quando até pouco tempo, menos de 12 meses, tudo se resolvia com verbas e mais dinheiro era injetado numa economia inchada artificialmente e empanzinada sem dó nem piedade. A diferença é que agora o inchaço anabolizado com dinheiro público acabou e o faz de conta, governamental do tipo midiático, também não encontra espaço para a empulhação.
Podemos verificar que muitos acreditavam que o atual governo não teria espaço político para se firmar como tem demonstrado o contrário fazer com certa cautela. A maioria das medidas propostas foram enviadas com o devido cuidado ao “Congresso” e estão sendo aprovadas. Uma das mais importantes diz respeito ao limite imposto aos leilões de blocos de exploração da camada do PRESAL. No caso em particular, a Petrobrás era obrigada a participar de todos os leilões e com participação de no mínimo 30%.
O que mudou? Mudou a “obrigatoriedade” (frisamos) da participação e mudou o “percentual de obrigatoriedade de 30%” destacamos. Ora, então se a Petrobrás não tivesse caixa para bancar sua participação nos leilões e o governo não pudesse cobrir, o leilão deixaria de ser realizado. É evidente quer um país com as dimensões do Brasil e que fez do transporte rodoviário a sua matriz de escoamento das riquezas pelo território nacional, não poderia ficar a depender da situação financeira de uma única empresa.
Outro grande problema herdado por Michel Temer foi a explosão das dívidas dos Estados Federados e que o governo central encampou ao promover uma rodada de negociações sob o comando da equipe econômica em que apresentou as condições também levadas ao Congresso Nacional e que já estão bem encaminhadas para aprovação. Nesse particular, caso não há espaço para o “não” e é presumível que assim seja e também por essa razão já se sabe que vai ser exigido um corte de gastos de forma “democrática” (destacamos) alcançando o Brasil como um todo.
Fato que tem gerado descontentamentos aqui no Ceará! O Governador Camilo Santana pretende extinguir o Tribunal de Contas dos Municípios e levar todo o seu quadro funcional para o Tribunal de Contas do Estado. Não sou político, mas presto apoio às medidas de redução de gastos uma vez que constam de acordo com o governo central e relacionado às também esperadas reduções nos gastos públicos como contrapartida ao alongamento das nossas dívidas, conforme destacamos a serem discutidas por prioridades.
O ponto de honra do atual governo foi a chamada “PEC do Teto dos Gastos”, aprovada nas duas casas e que já foi promulgada. A reforma da Previdência já passou na CCJ da Câmara e, por esse motivo, será submetida ao plenário. Observamos que Temer vem atuando com muita desenvoltura e não se importando com as críticas que sabemos são muitas. Acontece que o atual governo se propõe a correr esse risco e isso é bom para o país. Faz tempo que não se vê gestores com tanta disposição de promover os ajustes que o país precisa sem medo da impopularidade.
A sensibilidade do governante se faz sentir com a disposição de promover medidas que sejam capazes de melhor o desempenho do atual governo também na economia, fato que já se mostra com a adoção de alterações no Fundo de garantia do Tempo de serviço, nos juros do cartão de crédito, na renegociação de dívidas de pessoas físicas e empresas com o fisco. Outro ponto importante é o da ampliação do crédito.
Estas últimas medidas elencadas que promovem a ampliação do crédito serão complementadas por Ilan Goldfajn atual Presidente do Banco Central do Brasil ainda na próxima semana. Medidas já anunciadas e que pretendemos apreciar em temas especifico acerca das suas respectivas repercussões e impactos causados. Esperamos as Resoluções do BC para comentar. De uma coisa temos certeza: Tudo que for relacionado à política de crédito tem seus efeitos na economia de forma o mais democrática possível, quando for democrática a medida. Como é o caso.
Sabemos que não será apenas a divulgação dessas alterações que trará de volta o crescimento econômico, não de imediato, mas acreditamos que são iniciativas que não promovem a exemplo do que já foi no passado o desperdício de recursos. Diferente sobretudo porque são muita amplas e de igual oportunidade para todos. Desperdício de recursos não haverá e o crescimento virá! Assim sendo são medidas sustentáveis e podem oferecer o que todos esperam de um governo: Segurança Jurídica e atuação democrática principalmente!