O jovem presidente Lula e os velhinhos vulneráveis

Os presidentes da República sempre encontram uma maneira de ferrar os velhinhos aposentados e os prestes a se aposentar.

O governo tucano criou o “fator previdenciário”. O que é isso? Basicamente é uma formulação estatística que aponta para os velhinhos e diz mais ou menos que eles estão vivendo demais e demorando a morrer. E aí fazem contas de quanto podem economizar se tomarem uma graninha da aposentadoria desses milhões de homens cansados, grisalhos, quase sempre doentes. Pegam esse número é multiplicam por 50 anos. E aí dizem que é uma quantia impagável. Fator Previdenciário, uma conversa mole para dar um verniz de seriedade a uma falta de vergonha.

Depois o governo petista fez outra reforminha pra ferrar os velhinhos. Como? Mudaram a fórmula de cálculo dos benefícios . Criaram uma espécie de “marco temporal” , o ano de 1994, e o que fora recolhido antes deixou de entrar para o cálculo. Ora, fácil de ver a malícia: perto da aposentadoria os recolhimentos são sempre menores. Assim, a aposentadoria fica menor.

Estas são formas de enganar, agredir e humilhar os velhinhos vulneráveis. Alguns deles entraram na Justiça e a Justiça reconheceu a embromação criminosa.

E aí com a causa ganha, os velhinhos pensam que receberão o que lhes é devido. Coitados! Enganam-se, os governos recorrem e na Justiça mais alta os ministros entram no esquema e pedem vistas e pedem cálculos e pedem recáuculos… e os velhinhos são novamente enganados, humilhados.

É o que está acontecendo exatamente agora no governo popular. O jovem presidente Lula mandou a assessoria jurídica do governo ferrar de novo os velhinhos vulneráveis. Só falta ele dizer como o Fernando Henrique Cardoso, que os aposentados são vagabundos.

Capablanca

Ernesto Luís “Capablanca”, ou simplesmente “Capablanca” (homenagem ao jogador de xadrez) nascido em 1955, desde jovem dedica-se a trabalhar em ONGs com atuação em projetos sociais nas periferias de grandes cidades; não tem formação superior, diz que conhece metade do Brasil e o “que importa” na América do Sul, é colaborador regular de jornais comunitários. Declara-se um progressista,mas decepcionou-se com as experiências políticas e diz que atua na internet de várias formas.