Ministério da Fazenda e Legislativo em rota de colisão, por Haroldo Araújo

Qualquer candidato à Presidência da República, terá que mostrar sua disposição para enfrentar os desafios do momento: Déficit Público elevado, baixos índices de crescimento e condução de um processo de mudanças indispensáveis às melhorias esperadas: Ajustes fiscais e as reformas em pauta como é urgente a tributária e já se discute a administrativa também. São temas candentes e certamente decorrem de conclusões de analistas e gestores preocupados com o nosso futuro. Quem quiser se candidatar precisa mostrar coerência entre discurso e prática.

É grande a responsabilidade dos futuros candidatos, porque eles não poderão continuar com discursos e promessas vãs que predominaram em 2014! Deu no que deu: Um impeachment para a vencedora e processo contra o seu oponente. Ambos se defendem de acusações de adversários ou parceiros na política enquanto o país inteiro amarga os resquícios de uma longa recessão. Faltou mostrar a realidade da situação fiscal e faltou um debate sério acerca do enfrentamento às dores da falta de oportunidades de trabalho no período que se seguia,

Nossas preocupações se fundam nesse posicionamento de cada candidato. Precisamos da discussão da realidade brasileira, de modo que cada um dos pretendentes diga quais os planos e projetos de tal maneira que ninguém possa dizer que foi alvo de estelionato eleitoral. Explicamos as razões: Nossa economia é que sustenta os negócios que geram empregos e deles tiramos o ganho para nossa sobrevivência, assim como o governo arrecada os impostos das transações para garantir a saúde e a educação. A Economia e a Política andam juntas.

Nos períodos de campanhas eleitorais os candidatos prometem tudo com certeza e depois de eleitos não cumprem nada do prometido como sem falta. Refinarias, hidrelétricas e trens-bala viraram sonho de verão. Apenas para avaliação do tamanho do estrago, os analistas apontam que os brasileiros terão que trabalhar mais alguns anos para alcançar o mesmo patamar de negócios de 2010/2013. Em 2014 já estávamos em queda e em 2015 a inflação estava em 10,67% com um PIB encolhendo 3,8%. A inflação agora está controlada, preços administrados não! Gasolina a R$ 4,70 faz o preço dos transportes disparar e a energia elétrica em vermelho.

O país vinha num rumo e parece ter sido avisado pelas agências de classificação de risco que estava em risco e de quem é a culpa? Não avisaram! Todo o mundo financeiro sabia. A Reforma da Previdência está ameaçada de não passar. Despesas discricionárias vêm sendo reduzidas, mas as obrigatórias não. Duas importantes figuras se destacam nesse tabuleiro de xadrez, são o ministro da Fazenda e Rodrigo Maia. Enquanto Henrique Meirelles faz cara de paisagem, Rodrigo Maia faz beicinho. De quem é a culpa pela decisão da Standard & Poors! BRASIL agora é (BB -).

Pensávamos que os temas preponderantes em 2018, seriam a Ética na Política e combate à corrupção, mas eis que os candidatos a candidatos se protegem e o Brasil Oh. Não pensem os senhores parlamentares, gestores e políticos em geral que não têm culpa por esse estado de coisas, dúvidas, barganhas e que nos brindaram com um feliz 2018 com rebaixamento para ninguém botar defeito. O que? Agora já somos BB menos. Olho grande não é só dos dois excelentes gestores, mas de toda a classe política que está de olho no pleito de 2018.

Os nossos representantes no Congresso Nacional sabem o mal que estão nos causando e acreditam piamente que estamos sem entender nada. Estão sim fechados em copas e vão para suas bases na impressão de que esqueceremos tudo. Por essa e outras razões é que afirmamos: A Reforma da Previdência vem sendo convenientemente negligenciada e empurrada com a barriga. Acontece que o povo está atento e não vai perdoar essa omissão: “O discurso para 2018 ainda está no Forno” e a resposta do povo será nas urnas também. Está decretado.

Haroldo Araujo

Funcionário público aposentado.

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