Manifestantes em protestos de rua estão mal orientados? por Haroldo Araújo

Governo , empresas e povo em geral atravessam um bom momento em que sabem do interesse recíproco na retomada do crescimento econômico. Fato que já está em curso e poderá permitir uma melhora dessa convivência harmônica entre povo e governo no sentido de consolidar a volta dos empregos. Essa harmonia na conjugação de interesses se dá com o aumento da confiança e se mostra visível com o registro de 35.000 empregos com carteira mês passado.

Havia um inter-relacionamento entre as empresas, governo, povo e a sociedade como um todo que era desagregador no bom sentido do que representaria uma nação. O país vinha sofrendo até mesmo com a desconstrução de seus símbolos. O fato é que se observava grande antagonismo desagregador e provocador de uma relação de causa e efeito que precisava ser revista. Imagine se é aceitável que uma empresa que paga impostos, tenha que comprar a preferência de atravessadores nas licitações que visavam dar transparência às aquisições.

As empresas pagam seus impostos para receberem de volta uma contraprestação que se materializa nos serviços públicos esperados e que certamente lhes trazem de volta os impostos pagos em forma de melhorias. O serviço público então se consolida com a boa gestão capaz de gerar uma harmonia entre os componentes da sociedade. Assim é que o governo tenta reduzir os custos das empresas, reduzindo também o tamanho do aparelho estatal arrecadador e gestor. Essa é a razão das reformas!

Desse modo é que nos empenhamos em esclarecer as razões de tantas idas e vindas sobre o bom entendimento do que se pretende reformar. A previdência é parte da seguridade social ! Vejam o Art. 194 da CF 1988: “A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, a previdência e à assistência social”. O rombo atual é sim estratosférico e se não for corrigido, nossos filhos e netos não poderão contar com o que hoje nos é oferecido.

Por que digo que os protestos estão mal orientados, porque estão protestando contra quem deseja a continuidade da seguridade social já ameaçada de não poder pagar sua maioria de 64% de beneficiários e não observaram que a nossa Carta Magna não permite redução de salários e mais importante ainda o esclarecimento: Estes 64% dos beneficiários da aposentadoria recebem o equivalente a (hum) 1 salário mínimo, esta maioria não perderá com a reforma! É Constitucional. Destaco entrevista de jovem que protestava nas ruas e foi indagado por que? Porque sou contra! Contra o quê? Contra somente! Contra os mais desfavorecidos?

O movimento de rua anterior ocorreu exatamente no dia em que comemorávamos a queda da inflação, a melhora na nossa avaliação e de 13 empresas brasileiras em agência de classificação de riscos e anuncio da melhora dos índices de emprego. Essa é a razão pela qual critico a falta de sintonia dos movimentos e protestos com a real situação econômico-financeira e política do Brasil. Por último, vão as ruas contra a maioria do povo que ganha até 1 salário mínimo (64%) e que recebem esse dinheiro da PREVIDÊNCIA.

Haroldo Araujo

Funcionário público aposentado.

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