Marinheiro que já naufragou em ilhas convidativas ao suicídio.
Marinheiro que já atravessou umas ondinhas médias, quebrou a quilha no mar da história.
Marinheiro astuto e ingênuo, já não se ilude ao canto de qualquer ilusão.
Parecem sereias, são morsas.
E cantam o mesmo canto sempre, sempre, já que desconhecem o significado do termo poesia.
Marinheiro esse, nem tapar ouvidos ou amarrar-se ao leme precisa, vislumbra bem mais que seus penhascos.