A importância da definição dos rumos para a economia, por Haroldo Araújo

Tivemos recentemente deslumbrados gestores públicos se vangloriando de ter colocado o nosso país em um patamar de 6ª. maior economia do mundo. Uma comemoração sem sustentabilidade, o povo demonstrou muita maturidade e calou ante o engodo em discurso de euforia. A situação real revelava uma gestão sem definições de rumos e sem consistência nas políticas públicas. Os rumos da economia mudavam e afastavam investidores e negócios.

Enquanto o Sr. Lula se vangloriava do insustentável ranking, os investidores amargavam um cenário de volatilidade tal que, de forma inversa, lhes tirava a confiança no futuro do país. Sucedido por Dilma com intervenções nos preços da energia e combustíveis, desorientando a todos na formação dos preços represados. Foi substituída por Michel Temer que assumiu o compromisso de buscar um rumo capaz de tirar a economia da recessão. Deu certo.

Em alguns momentos, o BC elevou os juros e a consequente valorização cambial obrigaria os exportadores a compensar nos preços de venda. Também deu certo porque foi por curto período de tempo. A taxa Selic registra 6,5%, um percentual recorde de baixa. O BC tem conseguido manter a inflação dentro da banda de flutuação do centro da meta. Assim sendo, houve uma atuação conjunta das políticas. Portanto a mudança para Michel foi boa sim.

A cronologia de desestabilizadores políticos ao longo dos anos: Em 2014 reelegemos Dilma que prometia uma coisa e o Brasil precisava de outra. Já em 2016 empossamos Michel Temer com governo voltado para Reformas. Em 2018 elegeremos um novo Presidente da República e nosso país poderá superar essa transição com crescimento do PIB e queda da inflação. A herança deixada por Temer permite essa continuidade de boas expectativas.

Quando o governo altera políticas públicas, os cenários montados pelos agentes econômicos mudam e a imprevisibilidade vem com a consequente redução dos negócios. Priorizamos a travessia desses monumentais desafios e jamais abandonamos a democracia e as regras de transição. Há bolsões de resistência, insinceros e radicais. Imagine o estrago provocado pela falta de conformação. Ainda bem que é o próprio regime democrático é que dirige o processo.

Verificamos que o país passou no teste, fato que gerou mais confiança nos novos rumos da economia com uma nova ordem na política de escolhas. A força das instituições democráticas trouxe essa confiança no Brasil e o povo se desatrelou de antigas premissas plantadas pelo status quo. Falsas lideranças foram afastadas. Há uma percepção de crescimento do predomínio da vontade popular (de forma ascendente) nas opões e escolhas de rumos.

Alcançamos mais confiança nessa busca da estabilidade política e, também, pela força das instituições democráticas. Esse novo cenário obriga os dois candidatos a se comprometerem com a observância do indispensável respeito à Constituição Federal.  Um bem nunca vem só e já se verificam desdobramentos na economia brasileira. Uma política de governo precisa ser consistente e bem definida, sobretudo no que se relaciona à economia.

Ao destacar a força de nossas instituições democráticas, que nos oferecem a garantia de estabilidade na política, como bem demonstrada nessa transição de poder, podemos comemorar o fim das volatilidades causadas à nossa economia. Destacadas aquelas que foram causadas pelas instabilidades na política, com a substituição de nossas lideranças. Deveremos comemorar sim a eleição de um novo governante, eleito democraticamente.

Por conta de tudo que discorremos, acerca de novos rumos, já bem definidos, é que os indicadores econômicos mostram essa melhora: Crescimento com controle da inflação.

Haroldo Araujo

Funcionário público aposentado.

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