O ministro Paulo Guedes pode ser interpretado pelos analistas como o idealizador de uma trajetória sustentável. O Brasil foi sempre, raras exceções, um país em que as empresas buscavam o mercado para poder honrar compromissos com seus fornecedores, clientes, empregados e por fim com o governo no pagamento de suas obrigações fiscais e não a situação inversa em que o caminho era buscar primeiro o governo. Há sinais claros de que o Brasil mudou.
Não há nada de errado em fazer negócios com o governo, afinal o governo é também um cliente e consumidor, mas contanto que sejam transparentes as relações comerciais. Que haja a devida publicização como manda o Art. 37 da CF. O governo e as empresas públicas ou privadas se beneficiam com o resultado alcançado, através de processos transparentes e próximos das reais necessidades e compatíveis com as justas especificações do Edital divulgado em locais públicos.
O caminho buscado por Paulo Guedes é oferecer aos empresários um novo país, saído dos escombros das grandes negociatas em que fomos enredados e que as empresas não tinham escolha. Esse novo caminho, preparado pelo atual governo, não provocará sobressaltos e não terá medidas de atalhos pela via das intervenções inesperadas. Ficou definido que os investidores e empresários poderão realizar suas transações e que as condições serão mantidas.
A dolarização, por exemplo, levou a Argentina à situação em que está de inflação alta. No Brasil busca-se oferecer segurança jurídica e surgem críticas “não estão fazendo nada”, estão sim. Liberações de recursos para estímulo ao consumo das famílias, sem dispêndio de verbas públicas, como é o caso do FGTS e PIS PASEP. O Senado aprovou o projeto da divisão de recursos da cessão onerosa e o montante do dinheiro em jogo é de R$106.000.000.000,00. Agora vai!
Aqui no Brasil, os chefes de estado caem quando a economia vai mal. O próprio FMI (Fundo Monetário Internacional) estabeleceu previsão para nosso crescimento: Algo em torno de 0,9 % do Produto Interno Bruto (no ano de 2019). No exato momento em que o mundo sofre com a desaceleração decorrente das incertezas e, aqui, estamos fazendo nossos ajustes internos. Posso afirmar que o cenário é de recuperação econômica. A previsão do PIB para 2020 é 2%.
Os grandes condutores dos rumos econômicos do comércio internacional, encabeçados por China e Estados Unidos, demonstram a intenção de buscar uma redução das tarifas, colocando fim à batalha das sobretaxas. A intenção é clara e no sentido de arrefecer as expectativas de desaceleração global. Às críticas da não inclusão do Brasil na lista de indicados para participar da OCDE, eu diria que: seguir o caminho da escolhida Argentina para a OCDE é desaconselhável.
Minha sugestão é: vamos continuar administrando as mudanças de forma gradual e, também, consistente. Também não vamos abrir nossa economia de forma atabalhoada ou trabalhar mudanças para a lista da OCDE. Nossa situação é bem diferente de outros países. Assim como o atual governo superou os desafios do 1º- ano de mandato, sem pacotes, a melhor escolha para a inclusão na lista de indicados é fazer primeiro o dever de casa aperfeiçoando nossa economia.
O Brasil parte para a modernização da economia e redução do tamanho do estado, tornando as nossas empresas mais competitivas pela redução dos custos de produção. Vamos primeiro arrumar a casa e oferecer condições para aumentar a atratividade dos investimentos. A criação do ambiente para o crescimento sustentável vem sendo trabalhada e os resultados estão postos. A estratégia escolhida é que o convite ou inclusão venha quando nossa economia se fortalecer.
Em 2019 já recuperamos quase 800.000 empregos. Há sinais evidentes de chegar à 1.000.000. Corrupção zero impossível, mas a gestão já mostra sinais claros nesse rumo e o Brasil agradece.