A força da nova personagem no cenário político, por Haroldo Araújo

As ações republicanas e as tão desejadas mudanças de posturas de nossos dirigentes públicos começam a ser percebidas por todos, e elas não decorem tão somente de um novo cenário na política, mas se materializam, primordialmente, nas propostas formais e de intenção do trato com a coisa pública de novos personagens e dirigentes na gestão ética de um novo governo.

Além do exemplo e conduta pessoal como bem se viu por parte de Carmem Lúcia, há também a formalização de propósitos como a da intensificação dos entendimentos para encerrar a guerra fiscal e, com a autoridade moral que detém, concluir a formalização de novo acordo do pacto federativo. O entendimento da nova comandante do poder judiciário com o poder executivo se estende aos estados da federação.

O entendimento dos Presidentes do Executivo e do Judiciário é republicano? Sim e por que? Porque Carmem Lúcia é assim desde nascida, sem qualquer sombra de dúvida, se mostra como uma grande esperança do povo brasileiro. Dois poderes não podem se confrontar, mas ao contrário somar forças e de forma harmônica buscar os caminhos da retomada do crescimento.

Essa força de propósitos se consolida ainda mais quando os objetivos pessoais sucumbem ante os interesses maiores da nação a exemplo de terem os dois gestores firmados e assumido, de forma cabal, um compromisso com a sociedade de não pleitearem voos mais altos. As gestões de cada um foi um compromisso de que vão se ater à suas respectivas missões e certamente voltadas para os respectivos melhores propósitos dos cargos: Estar a serviço da sociedade!

Uma personalidade comprovada por uma trajetória de vida como é a da nova Presidente do STF, tem força moral para ser uma destacada guardiã da nossa Carta Magna, e busca uma reconciliação dos poderes da República com o povo. Do modo como manda a nossa Constituição resguardará o interesse da nação com os olhos em nossos senhores (o povo)! Isso mesmo! Ela se diz como uma servidora e servirá ao povo em colaboração às medidas que viabilizem as preocupações do executivo com a retomada do crescimento econômico.

O poder Judiciário não é e nem deve ser um mero coadjuvante! Essa ideia de que o STF só deve agir quando provocado { digo Eu} não se aplica ao momento vivido pelo país. Importantes temas carecem de um certo protagonismo do Presidente do Executivo, do Presidente do Legislativo e do poder Judiciário principalmente.

Amargamos por quase duas décadas um certo predomínio de figuras dantescas, que, em governos recentes, nos levaram ao insucesso de todas as políticas estratégicas prometidas “com certeza” em palanques e que não alcançaram o sucesso prometido “com tanta certeza” e não realizados “sem qualquer sombra de dúvida”.

Chega de demagogia: Explodiu o Exmo. Dr. Celso de Mello no discurso de posse da nova Presidente! Celso também um magistrado remete a questão à credibilidade que ocasionou a total perda de confiança na política e nos políticos que agora “Sob nova direção”, acreditamos reconquistar mundo afora a necessária garantia aos investidores e empresários dentro e fora do país.

Como fazer a todos acreditarem no Brasil? Primeiro com a certeza de que pelo menos duas importantes figuras que comandam essa retomada não trabalharão para alcançar o poder ou mais poder, mas trabalharão com vistas aos mais dignos interesses da rés pública. Nem Carmem Lúcia e nem Michel Temer serão candidatos em 2018. Vejam que a Presidente do STF adora o que faz: Analisar processos e deles não quer se separar. Não gosta de mordomias e dispensa

carro oficial. Em seu discurso de posse se dirigiu primeiro ao povo que lhes paga o salário e a eles deve satisfação. Atitude, portanto, coerente com sua trajetória de vida.

Bota humildade nisso! Bota altivez e competência! Ministra Carmem Lúcia! O Brasil e os demais poderes lhes devem essa maravilhosa referência de comportamento. Uma pessoa simples e dotada de simplicidade natural e espontânea e que tem sido capaz de se indignar no momento certo e na hora certa, dando como resposta a sua natural e admirada competência.

Haroldo Araujo

Funcionário público aposentado.

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