Fim de Ano é hora de agradecer a tudo e a todos, por Haroldo Araújo

A mudança de governantes, Dilma para Temer, objetivava conter a queda na economia! Fato
(queda do PIB) que já se evidenciava crescente logo ao fim do pleito de 2014. A mudança de
governo ocorreu depois de 1 ano da posse dos eleitos e a saída da crise só pode ser
comemorada 3 anos após. Essa mudança de rumos tinha que ser feita logo no início da posse
do presidente que assumiu no lugar da Dilma e as incertezas geradas no combate à crise
contribuíram para suscitar dúvidas e a crise econômica se demorou. A mais longa enfrentada
por nós brasileiros.
Uma recessão que trabalhava contra os novos governantes e também o estopim da queda dos
afastados. Foram 3 anos de dúvidas acerca de como seriam conduzidas as medidas para
arrumar a casa. Alguns mais exaltados falavam até de convulsão social e graças a Deus não
aconteceu e também não houve a ruptura decantada por alguns articulistas menos avisados.
Aqui cabe o agradecimento de todos nós por essa vitória: Um desastre anunciado que não se
concretizou: A fila da Sopa que acomete um país vizinho produtor de petróleo e expulsou
nosso embaixador.
Os novos governantes tiveram que agir com cautela e resiliência contra opositores e até as
corporações que não desejavam mudar. O Brasil agradece aos parlamentares que foram
capazes de entender a necessidade de unir forças para as aprovações de polêmicas alterações
como a Reforma Trabalhista e a do Teto de Gastos. Como poderia um país carregar elevados
déficits fiscais e paradoxalmente atrair investidores ou a confiança de empreendedores dentro
e fora do país. Agradeço porque o Brasil precisa dos dois: Empreendedores e investidores
O anacronismo de nossa política fiscal anterior teria que mudar e a mudança (inicialmente)
gerava algumas desconfianças com a implementação das alterações previstas e afastava os
investimentos pela acumulação de déficits. Ainda mais recentemente e com o novo governo,
nós brasileiros enfrentávamos pesadas críticas de opositores apeados do poder. A queda de
popularidade do novo governante era decorrente das mudanças e não ajudava a aprovação de
medidas necessárias e inadiáveis e assim é que foi debatida a Reforma da Previdência, nesse
clima. Um verdadeiro jogo do Perde Ganha e não do Ganha Ganha, este último mais racional.
Estes desafios que se somavam aos impactos de uma outra mudança mais radical, relacionada
a nova postura de governantes de grandes economias mundo afora! America First como um
mote para justificar a volta do protecionismo na nação mais desenvolvida do mundo e que não
ajudava muito a quem pretendia sair da política intervencionista do governo Dilma. Michel
Temer enfrenta também a incompreensão de alguns atores de grande importância a exemplo
do Presidente do Congresso que sinaliza apoio à volta do Lula. Pois é! Então tá.
Outro problema para o governo é a da derrubada de uma medida que fazia parte do Ajuste
Fiscal. O ministro Lewandowski revogou o congelamento do reajuste dos servidores federais.
As perdas com a recessão começariam um processo de recuperação e a render frutos com a
redução dos índices inflacionários e dos juros, e já se registrava uma melhora da popularidade
do atual governante, mas eis que os principais atores já não querem fazer gols, mas atiram
bolas nas costas. Temer recebe esse tratamento de dois poderes que se mostram com
desconfiança.
Dá para entender que não querem a popularidade do Presidente e se assim for também não
querem a sua candidatura em 2018. Não tem problema porque não somos apegados a nomes
e se a Reforma da Previdência exigir um sacrifício que então não seja só o do povo, mas de

todos os atuais comandantes a quem também agradecemos a transição em 2018 sem riscos e
sem sofrimento maior do que já se registra até aqui para todos nós. Assim mesmo e com todas
as vênias, somos gratos pela travessia de mares revoltos com grande proveito para o Brasil.

Haroldo Araujo

Funcionário público aposentado.

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