O tradicional “pular 7 ondas” que marca a transição de um ano a outro, veio com um sentimento mútuo, pelo menos por uma parcela consideravelmente grande da população. Cada onda pulada era um FORA BOLSONARO, ecoado Brasil a dentro, do Oiapoque ao Chuí, mostrando que 2022 promete….
Mais do que um ano eleitoral, 2022 se configura como um impasse importante para determinar os rumos do país, que se encontra jogado às traças, ou melhor dizendo, aos abutres. Portanto, os holofotes do mundo encontram-se voltados para o Brasil e não podemos decepcioná-los!
Nos EUA já tivemos a queda de Trump, em outras nações Sul-americanas também tivemos a derrota do conservadorismo, portanto, existe uma tendência à negação da permanência da extrema direita no poder. No entanto, é importante lembrar que a derrota nas urnas não é sinônimo de vitória, visto tratar-se de ideias perigosas que precisarão ser constantemente combatidas com perspicácia e embasamento.
Diante de um momento tão importante e decisivo, vemos a completa falta de direcionamento por parte das esquerdas e oposição no geral. Enquanto uma parte já apostou suas fichas no Lula, a outra banda busca incessantemente por essa chamada 3ª via e enquanto isso, apesar de Bolsonaro a cada pesquisa despencar mais, não se pode baixar a guarda, uma vez que ele usa de artimanhas sujas e como em 2018, pode surpreender.
Apostar que a farsa eleitoral trará a luz no final do túnel é apostar mais uma vez na ilusão. Ficamos fadados(as) a permanecer nesse ciclo vicioso que nos colocou na atual situação. Portanto, ou se pensa fora da matrix ou seremos derrotados(as). Não esqueçamos que a ascensão de governos autoritários é consequência de uma sociedade que falhou em seu projeto e abriu brechas para ideias antes tidas como ultrapassadas.
Por Dalila Martins