Entre o brilho e o preconceito, portadores de necessidades especiais crescem nas empresas

Ao se falar de portadores de necessidades especiais, muitas empresas patologizam estes sujeitos como incapazes, tornando cada vez mais difícil sua inclusão social. O preconceito existente nas organizações acerca de suas habilidades profissionais dificulta a contratação de pessoas com algumas habilidades reduzidas. Cabe salientar que tais dificuldades não definem sua capacidade profissional, pois todo sujeito possui talentos e limitações, é preciso enxergar o potencial e alinhar o cargo compatível. Frente a isso, vale um trabalho do setor de rh para desenvolver ainda mais suas habilidades, neste caso não somente dos portadores de necessidades especiais, mas de toda a equipe.

Muitos empresários possuem a concepção de que contratar pessoas com necessidades especiais irá diminuir o rendimento de sua empresa. É preciso desmistificar a concepção de que os PNE’s são pessoas incompetentes. Cabe a nós psicólogos trazer um olhar diferenciado e humanizado para dentro das instituições, gerando discussões e estimulando a inclusão social.

Devido à dificuldade da inserção profissional destes sujeitos, foi criada uma lei que garante a igualdade de direitos. Tal lei não modifica o preconceito existente nas organizações, mas autoriza a contratação, garantindo a responsabilidade social e o reconhecimento profissional de todo e qualquer cidadão.

Recrutar colaboradores qualificados não siginifica excluir candidatos portadores de necessidades especiais. Assim como todo e qualquer processo seletivo nós avaliamos as habilidades necessárias para o cargo e analisamos seu perfil profissional, garantindo a compatibilidade do sujeito com a proposta de trabalho e com a missão da empresa, portanto, o setor de rh é parte fundamental para proporcionar oportunidades iguais diante da corrida por uma vaga no mercado de trabalho.

É preciso quebrar paradigmas e sensibilizar gestores e funcionários. Muitos portadores de necessidades especiais se destacam em grandes empresas por estas terem o cuidado e a percepção de aproveitar suas habilidades. Por exemplo, pessoas com problemas auditivos costumam ter um excelente poder de atenção e concentração, ou seja, se a empresa possui esta percepção e direciona este colaborador para um setor que exige tal habilidade, poderemos garantir que o colaborador irá se destacar em sua função.

A inclusão de PNE´s no mercado de trabalho é um desafio que pode contribuir para um espaço cada vez mais democrático e justo.

Rafaela Lemos

Psicologa formada pela UNIFOR e Pós Graduada em Psicodiagnóstico. Especialista em Gestão de Pessoas. Diretora executiva da Consultoria Vivaz Soluções em RH. Contao: [email protected]

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Rafaela Lemos

Psicologa formada pela UNIFOR e Pós Graduada em Psicodiagnóstico. Especialista em Gestão de Pessoas. Diretora executiva da Consultoria Vivaz Soluções em RH. Contao: [email protected]