Os empreendimentos editoriais não se medem apenas pela sua longevidade. Contam a inteireza do projeto, o seu compromisso com a correção e a capacidade de emprestar aos acontecimentos a lisura e a leitura honesta e fluente da realidade que transmite.
SEGUNDA OPINIÃO honra a velha escola do “new journalism”, ao tempo em que a notícia construía a opinião, não nascia dela, espelhava o registro dos fatos, não os produzia ao embalo da sedução das ideologias e da força das oligarquias.
O estilo do link, sob a orientação de Osvaldo Euclides Araújo e Josênio Parente, lembra um dos momentos heróicos e de breve encantamento do jornalismo cearense, com O CEARÁ, sustentado pela pena brilhante de Júlio de Matos Ibiapina, de Djacir Menezes, Raimundo do Monte Arraes, acolitados na cozinha da redação pelo primeiro e mais destemido dos Paulo Elpídio, de valorosa compleição intelectual.
Rendi-me ao convite amável e à sedução da vaidade para fazer parte desta distinta companhia, marcada pela independência e pelo respeito que a dissensão intelectual permite e induz naturalmente.
Dez anos de persistência no trabalho respeitoso que as ideias impõem fizeram do SEGUNDA OPINIÃO uma referência assente e bem notada entre as explosões das novas mídias, livres, literalmente livres, ainda que pouco habituadas às mudanças recentes…