2018 promete ser um ano intenso, principalmente com a eleição presidencial em outubro que tende a dividir ainda mais umpaís bastante fragmentado no quesito opinião pública. O modo com que as redes sociais abordam os temas de interesse nacional favorecem a polarização e a radicalização, sem esquecer da mídia tradicional, deixando de lado o debate aberto e honesto. Nossos principais atores políticos parecem gostar dessa tendência, apostando no discurso sem critério e maniqueísta. Será que essas atitudes ajudam a eleger um presidente da república adequado para nossa realidade?
Lula tem grandes chances de ser o candidato petista, e com isso aglutina votos dos eleitores com posições políticas mais àesquerda, isso tende a radicalizar o discurso do ex presidente na tentativa de se apresentar como o nome certo para a esquerda brasileira, abocanhando os votos das camadas populares e das regiões nordestinas. Michel Temer aposta na austeridade fiscal, Lula candidato irá apostar em políticas de bem-estar e assistência social, enquanto que os movimentos organizados como MST e MTST irão ser agraciados politicamente em troca de apoio. Ademais, o discurso do petista pode apontar para a lógica do ”nós contra eles’‘ que sem dúvidas está ultrapassado. Por outro lado, o tucano João Dória pode se apresentar como o símbolomáximo do extremismo liberal, apoiando privatizações e redução dos serviços públicos, agradando setores de classe média ecertos empresários, além de endossar o ”antipetismo” tão forte nos dias de hoje.
Isso tudo sem falar em Jair Bolsonaro, e no seu extremismo reacionário, que deve tentar aglutinar os votos das camadas insatisfeitas com os governos petistas, além de religiosos e direitistas que que temem o comunismo. Nada de meio termo, o queveremos por parte dele é um ”nós contra eles” na versão conservadora, que já vem sendo utilizado nas redes sociais.
Esse panorama indica que o candidato que conseguir conquistar apoio de eleitores fora da sua zona de conforto, estará bem afrente dos demais na disputa eleitoral. Um país não é feito de extremistas políticos, sejam eles tucanos, petistas ou reacionários, os moderados são maioria em determinados temas e situações. Quem refletir sobre isso, e tomar as atitudes corretas, pode se tornar o novo presidente em outubro.