As previsões para o PIB em 2018 são maiores que 1%. Para o ano seguinte (de 2019) essas previsões crescem para números entre 2 e 2,5%. Portanto não há qualquer análise econômico-financeira, ainda que de cunho pessimista, contendo apreciações de redução de negócios e de modo a apontar para uma queda (volta à recessão). Isso é motivo de comemoração, por que? porque enseja a melhoria da confiança e, por via de consequência, dos investimentos privados.
O analista da CNI, Dr. Marcelo Azevedo, esclarece que a economia cresceu 1% no ano passado, e trouxe junto uma taxa percentual a ser adicionada (carregamento) de 0,5% para este ano. Adiante esclarece que o país (Brasil) registrou 0,4% só no primeiro trimestre de 2018 e que isso somado dá 0,9%. Assim sendo, para ficar abaixo de 1% é preciso que não cresça nada no restante do ano (segundo semestre). Observe-se que essa luta foi concomitante ao controle da inflação.
O que se deseja agora é a sensibilização para a necessidade de sustentar essa tendência e a consequente geração de oportunidades de negócios. O BC elabora instrumentos capazes de ampliar um ambiente propício aos investimentos. Esgotadas as incertezas com a definição eleitoral para blindar-nos contra as agruras externas. O mundo enfrenta as especulações contra a Turquia e isso não tem inibido os investimentos em números próximos de 3,5% e 4% (2018).
Uma transição democrática pela via eleitoral só fará bem ao país, assim sendo não é justo apontar o fato como causador de revezes na busca da melhoria de indicadores econômicos. As incertezas acerca dos rumos do novo governo sim. Emitimos advertências contra a improvável volta de governos perdulários e desobedientes aos limites orçamentários. O ideal seria um amplo debate sobre planejamento fiscal e orçamentário: Como arrumar nossas contas públicas!
Nenhuma nação será capaz de atrair investimentos com desequilíbrio orçamentário ou descontrole das finanças de modo a não poder honrar compromissos. Qualquer novo governante deverá se comprometer com o necessário respeito aos limites dos gastos e dentro da capacidade arrecadatória. Já dissemos que a inflação no passado bem recente encobria o descontrole orçamentário, mas agora a inflação acabou e isso não mais será admitido e impune.
A Dívida Pública só cresce quando não sobram recursos orçamentários para pagar os encargos devidos. Ninguém será capaz de direcionar seus recursos para economias perdulárias: Aquelas nações que se mostram descontroladas nas finanças ficarão estagnadas. Um país que não tem poupança interna, fica dependendo dessa poupança externa para promover o necessário crescimento e de modo a estimular também a geração de oportunidades de trabalho.
Com o fim da desvalorização, tentou-se a maquiagem e não deu certo. Como dissemos, a maquiagem mais usada ao longo de décadas foi a própria inflação. O Banco Central não pretende abrir mão de sua função. O objetivo da autoridade monetária é o acompanhamento do poder de compra da moeda e isso é uma conquista, apesar de termos governos que extrapolam limites estabelecidos em Leis (Lei de Responsabilidade Fiscal) e acumular déficits em suas contas .
Exemplo marcante dessa conquista e força do mercado brasileiro é o resultado econômico-financeiro de nossa petrolífera com lucro recorde e recuperada. Uma global player atuando, tanto na prospecção como na comercialização do ouro negro, com o controle acionário do estado brasileiro e já dando sinais do aumento do consumo. Essa é a prova do fortalecimento de uma gestão voltada para a recuperação econômico-financeira de nossa economia.
A economia de um país e as suas finanças públicas são irmãs siamesas, não podem ser separadas. O que falta aos políticos é entender o porquê! Falta de vontade política mesmo.