Ontem, 29 de maio, o povo foi às ruas protestar contra o governo Bolsonaro. Por motivos particulares, fiquei em casa com minha patroa, termo muito usado antigamente para referir-se à esposa, ou conja, no Português raso do juiz que ajudou a quebrar economicamente o Brasil e a instalar o caos que vivenciamos.
Deitado na rede, com o lap-top nas pernas, passeei pelas mídias independentes: Ópera Mundi, 247, Prerrogativas, DCM e alguns blogs que cutucam o cão com vara curta.
Vi, senti e ouvi a indignação do povo revoltado nas ruas, pedindo vacina, clamando por aumento do auxílio emergencial, chorando parentes e amigos mortos, cobrando responsabilidades e esbravejando da forma mais dura e direta contra o presidente, qualificado como genocida, fascista, criminoso e até com nomes que não ouso dizer aqui.
Fora Bolsonaro era a expressão mais branda, não sei se porque eu já me acostumei com ela, pois, há tempo eu a incorporei no meu repertório linguístico e estou rouco de gritá-la nas manifestações ou até mesmo em casa quando o vejo, dizendo sandices ou tenho notícia do falecimento de mais um parente ou amigo.
Noto que agora a “cobra vai fumar”. O povo decidiu ir para o confronto, acuar o “imbrochável”, o “inmorrível” o “incomível” e o INCOMPETENTE pelas suas omissões e/ou pelas suas ações criminosas.
Entendo que a voz mais forte na CPI do genocídio foi a do cientista Dimas Covas que, serenamente, pôs a nu a negligência do Bolsonaro quando disse que desde meados de 2020, o Butantã tenta negociar vacinas com governo brasileiro e ele recusa.
A ficha está caindo devagarinho, pois crenças são difíceis de serem quebradas. Os seguidores do Bozo são, alguns inocentes e outros desinformados, presas fáceis do fanatismo e do negacionismo; pensam e acreditam cegamente, qual boi indo para o matadouro. Mito é o que ele diz que é.
Percebo que chegou “a hora da onça beber água”. Não dá mais para aguentar. Já cansamos desse governo que nunca desceu do palanque, nunca teve o que dizer, desidratou e só cresce pra baixo feito rabo de cavalo como dizem os rurícolas.
Pelas pesquisas, Bolsonaro está muito, muito mal eleitoralmente. Provavelmente nem irá para o segundo turno e isso o faz ficar nervoso e o coloca no ataque, uma estratégia de defesa muito manjada e suja.
Por ser fiel à sua natureza, você Bolsonaro, perdeu a oportunidade ímpar de se tornar um estadista, um líder mundial. O contexto pandêmico, com todas as suas mazelas, ofereceu-lhe essa oportunidade. Bastava querer e ter sensibilidade humana e competência para administrá-la.
É isso. O desemprego, a fome, a insegurança, o ódio, a dor, a morte … só aumentaram. A indignação explodiu e o povo está nas ruas.
“E agora, José?!” Bom, é o começo do fim.