Os analistas políticos têm procurado avaliar possíveis cenários e desdobramentos da crise brasileira que ainda repercute os estragos com a demorada indefinição na transição do poder e dos rumos com a troca de comando. A atual situação fiscal e as investigações envolvendo gestores públicos e que, agora, atinge o seu ápice com a delação do comandante do grupo JBS e apontando para o governo que sucedeu ao já afastado, em questões análogas aos verificados sob comando de Dilma.
O que ninguém deseja é o tempo de espera que foi concedido à Dilma. Certamente que não foi só a espera que fez muito mal à economia e finanças como um todo, deixando a nossa situação fiscal em desespero. Essa situação contaminou alguns estados brasileiros e abalou de forma cruel e impiedosa estados com o do Rio, Minas e Rio grande do Sul. Um direito que foi concedido à governante afastada foi resistir no cargo, mas o Brasil pagou pela bravata. O que não aceitamos de Temer é a falta de espírito público, que ele própria vinha apregoando possuir.
A História se repete! Infelizmente o atual ocupante do Palácio do Planalto já deu duas entrevistas e reafirmou o seu propósito de não renunciar e continuar resistindo no cargo. Tal escolha presidencial nos leva a crer numa decisão embasada nas prerrogativas que o cargo oferece e não na mais nobre “Renúncia” altruística de um grande líder! Se assim procedesse, renunciando ao cargo, daria uma prova de elevado espírito público em favor da coletividade!
Por que a renúncia faria melhor ao Brasil? Porque nos tiraria de outro impasse tão ruinoso ou tão prejudicial quanto o anterior, com a demora na solução e que foi causado por Dilma e militantes radicais, com a mesma falta de amor ao país pela espera na solução do impedimento (mais de 1 ano). Temer já acumula quase o mesmo número de pedidos de afastamento. Agora tem um pedido mais forte ainda que é o da Ordem dos Advogados do Brasil. Sua saída é uma questão de tempo, porque politicamente tem menor base de apoio que o governo anterior.
Se é uma questão de tempo e se todos sabem que a demora na solução só prejudica a desejada recuperação econômica com a volta dos empregos, por que não se busca uma solução específica de vez que a situação é diferente da anterior. Não se trata de briga de poder, mas se trata de racionalidade. Nossa tese de que, dos males, precisamos buscar o menor desses males através de eleições Indiretas como manda o Art. 81 da CF 1988. Difícil ter Rodrigo Maia ou Eunício comandando a eleição indireta. A lava jato vem implodindo toda a classe política. Melhor para o Brasil.
É preferível então chamar a Carmem Lúcia para presidir a escolha e eleição do nome do novo Presidente. O mal maior é a demora na solução do impasse! Por que? Porque poderemos elevar o número de desempregados para 17.000.000 (dezessete milhões). Seria difícil controlar esse povo que ficaria (isso mesmo no condicional) desamparado!