Como o Brasil tem superado suas adversidades? por Haroldo Araújo

Em um período de menos de dois anos atrás, era inimaginável acreditar num controle da inflação de dois dígitos em face de uma concomitante luta para a retomada do crescimento com direito a descrédito internacional e a ingente luta para a recuperação de 13 milhões de postos de trabalho perdidos. Como se isso não bastasse, carregávamos e ainda carregamos um déficit monumental nas contas públicas.

Um governo que sai e não se entrega, nem mesmo em prol de uma concertação para sarar feridas e dores de um povo desta amada nação chamada Brasil. Um país que sofre tantas adversidades juntas e que também não sucumbe às infindáveis denúncias de malfeitos de suas maiores lideranças políticas. Então a crise econômica veio dolorosamente acompanhada de outra pior ainda: A crise política. Só faltam 17 meses para um novo pleito majoritário!

Todo poder das oposições parece estar direcionado para melar o trabalho do atual governo de Michel Temer. Há um provérbio português que diz: “Em tempo de guerra, mentira é como terra”. Essa batalha vem sendo bem administrada pela situação que contabiliza vitórias com o cuidado de firme aproximação com o povo, como foi verificado no caso da liberação do saldo de contas inativas do FGTS.

Ao contrário da política de austeridade em que o próprio governo atual aprova pacote de controle de gastos no “Congresso Nacional”, o governo anterior incentivava obras e mais obras num entendimento insustentável de que o governo poderia incentivar a economia capitaneando gastos governamentais via financiamento ou via participação estatal com recursos públicos. Diferente não é mesmo? Um incentiva gastos e o outro controla com austeridade.

Certamente que redução de gastos governamentais contribui para uma redução dos números do produto interno bruto e consequente repercussão na economia, mas os resultados obtidos até aqui para controle da inflação são animadores e por via de consequência para a redução dos juros. Onde quero chegar? Quero concluir que a preocupação governamental com a manutenção de políticas de austeridade e controle de gastos são benéficas no médio prazo e não são imediatistas como foram até bem recentemente.

Outra consequência dessa atual política governamental tem sido o restabelecimento da confiança e da credibilidade perdidas em políticas perdulárias e consumistas. Parto do seguinte consenso da modernidade em que se questiona o papel do estado na condução de políticas que favoreçam a geração de emprego e renda: Criar um ambiente favorável aos negócios. No meu entendimento: Criar as condições para que os negócios melhorem!

Quanto às instabilidades geradas no meio político por conta de denúncias, entendo que o Brasil conta com um gestor experiente e com preparo na vida pública e capaz de lidar com os desafios de trazer o Brasil de volta ao crescimento sustentado nos limites de sua capacidade produtiva e orçamentária e não anabolizado como já foi. Essa é a razão da recuperação da credibilidade interna e externamente. É assim que vamos superar o desafio do crescimento.

Haroldo Araujo

Funcionário público aposentado.

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