Tasso Jereissati abdicou da disputa pela Presidência do PSDB para pacificar o partido com Alckmin aclamado Presidente do PSDB. Em sequência o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, recebe Michel Temer em São Paulo e na reunião discutem o futuro do Brasil. Em Palácio, Temer recebe aliados. Engana-se quem pensa que os governantes estão pensando em popularidade. A Reforma pretendida não trará popularidade para ninguém, mas certamente os aplausos virão sim da recuperação econômica, como consequência da aprovação.
O Art. 3º- da CF de 1988 é imprescindível à coesão social. Dentro da Reforma da Previdência não há indicações de que retira direitos. A seguridade social inclui a previdência, a assistência social e a saúde. Há sinais claros de que uma das preocupações da seguridade social é com o futuro (sustentabilidade) e isso tem relação com a possibilidade ou não de garantir aos nossos descendentes o direito previdenciário previsto constitucionalmente, pela via do Orçamento Público, fato que nos obriga à volta da preocupação com a questão econômico-financeira.
Evidente que o atual Presidente da República busca o entendimento, ao contrário do que ocorreu com Dilma (apoiada pelo PT de Lula) que não foi capaz de entender que a questão econômica é fundamental para dar sustentabilidade e sequência ao bom funcionamento do Estado em seu governo. A gestão petista caiu porque não foi capaz de compreender essa forte ligação do apoio político e a economia. Apoio não é alcançado com recorrentes medidas populistas e que nem sempre dão popularidade.
Michel Temer agora toma atitudes em que procura saber o que o povo quer para o país. Lula e Dilma não souberam entender as razões de sua queda ao morrerem abraçados às razões partidárias. O PSDB não pode se contrapor à reforma que trará mais investimentos ao Brasil: A Reforma da Previdência. Um partido identificado com essa bandeira reformista como foram a do Teto de Gastos e a Trabalhista, não pode ficar no muro. A aposta certa poderá salvar a coerência dos discursos em 2018. O PMDB continuará como fiel da balança.
A ficha ainda não caiu para o PT. Por que? Porque não entende que a satisfação do art. 3º- da CF acima citado só se dará pelo entendimento de que a questão é suprapartidária e paradoxalmente geradora de enfrentamentos políticos e ideológicos desnecessários. A não fundamentação do que se precisa fazer para arrumar as Finanças ficou em segundo plano ou explicar qual a garantia de que a seguridade social possa cumprir o quanto está determinado em Lei: Saúde, Assistência Social e Previdência sem que haja as pré-condições para esse fim.
O que se espera de cada líder é atitude e foco nos interesses maiores de nosso povo que está com referência em posicionamentos políticos de grandes lideranças nacionais e que poderiam trazer um aperfeiçoamento dos debates. O encontro dos grandes líderes: Geraldo Alckmin e Michel Temer é uma sinalização de que é chegada a hora de ver atitudes: Atitudes políticas que entendam que o povo quer trabalho, quer dignidade e quer respeito. Ninguém aceita ser usado como massa de manobra para fins pessoais ou voltados para o próximo pleito.
Michel Temer sabe que a não aprovação da reforma previdenciária e suas consequências na economia cairão no colo do PSDB de forma destruidora de seu discurso reformista. Por essa razão o encontro com Alckmin demonstra a capacidade de entendimento com vistas a priorizar a nossa economia que certamente carece de maior visão estratégica e ações políticas desinteressadas do processo eleitoral e voltadas para a geração de postos de trabalho o quanto antes.