Brasil: união e reconstrução

Na sexta-feira (06/01), no Palácio do Planalto, o Presidente Lula realizou sua primeira reunião ministerial com os 37 ministros, para alinhar o pensamento político de sua equipe de governo e minimizar alguns ruídos ocorridos nesse início de gestão. A centralidade do discurso proferido pelo Presidente assentou-se no compromisso do seu governo de apaziguar o país, acabando com a ideologia do ódio implantada arbitrariamente nos últimos quatro anos, valorizando o diálogo civilizado por meio do qual as divergências possam ser superadas civilizadamente em torno da elaboração de projetos capazes de unir as diversas partes visando ao interesse coletivo.

Deputado federal José Airton Cirilo e Lula, em cerimônia no Congresso Nacional (Foto: DIVULGAÇÃO)
Foto: DIVULGAÇÃO
Deputado federal José Airton Cirilo e Lula, em cerimônia no Congresso Nacional
Diante do importante material produzido pela equipe de transição, liderada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, constatou-se o cenário de terra arrasada perpetrado pelo grupo anterior por meio da destruição das políticas sociais, educacionais, de saúde, ambientais, de infraestrutura, requerendo do Governo Lula o compromisso de reconstrução do país, para entregar ao povo um Brasil mais saudável em civilidades que envolvem a fraternidade cidadã, a solidariedade social, a retomada da capacidade de ganho da massa salarial dos trabalhadores e trabalhadoras, a criação de oportunidades para geração de negócios para micro, pequenos e médios empreendedores urbanos e rurais. Enfim, um país mais saudável em democracia substantiva.

Para que isso ocorra, o Presidente Lula destacou a necessidade da competência política e do respeito aos votos da soberania popular do qual cada representante – deputados e senadores – são portadores. Lula afirmou: “Não adianta a gente ter o governo tecnicamente mais formado em Harvard e não ter um voto na Câmara dos Deputados, um voto no Senado. É preciso que a gente saiba que nós não mandamos no Congresso. Nós dependemos do Congresso. Nós temos de saber que nós é que precisamos manter uma boa relação com o Congresso Nacional. Vocês têm um presidente da república disposto a fazer tantas conversas forem necessárias com os parlamentares e com os partidos políticos”.

Portanto, o Presidente Lula sinaliza explicitamente sobre a necessidade do diálogo com todas as forças que compõem a Frente política de apoio ao governo federal. Esta sinalização, obviamente, apresenta-se como modelo a ser rigorosamente seguido também para os gestores estaduais – os governadores – em relação ao amplo diálogo que deve ser estabelecido e mantido com os parlamentares federais e estaduais em seus estados. O tempo do autoritarismo e da arrogância política passou. Com Lula instala-se uma nova temporada de amplo diálogo na construção dos projetos políticos para beneficiar a população brasileira. Dialogar politicamente trata-se de uma obrigação imposta pela democracia aos ocupantes do Poder executivo com as forças políticas detentoras do voto popular.

José Airton Cirilo é engenheiro civil, advogado e deputado federal pelo PT do Ceará

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