Uma série de notícias ameaçadoras como a da alta dos juros nos EUA, seriam seguidas de ameaças de desestabilização do mundo econômico-financeiro. Nada! Aqui no Brasil uma incompreensível onda de protestos com movimentação política na tentativa de conter a ação governamental para aprovar medidas de ajuste e reformas que nos trariam maior confiança na gestão pública. São apenas proposta que os nossos representantes legitimamente eleitos vão examinar.
Como disse são apenas propostas a serem debatidas. Então qual será mesmo a razão de tão intenso movimento de sindicalistas e entidades representativas de trabalhadores na avenida Paulista e principais capitais? A razão é política e não técnica. É a busca de um fato político ou um mote que não tem. E como não tem mote, também não haveria motivo para protestos. Então vamos protestar pelo que o Presidente está pensando enviar ao Congresso! Acontece que o parlamento ainda vai debater e examinar e até modificar.
Neste mesmo dia de tantos protestos contra o que seria enviado, a bolsa registrou alta e o dólar despencava ao mesmo tempo. E qual é mesmo o porquê dessa alta da BOVESPA? Lá fora, onde as andorinhas não dormem, Janet Yelen do Federal Reserve comunicou que os juros subirão de 0,75% a.a. para 1% a.a. e acalmou a todos dizendo que a meta é chegar a 2%, mas isso vai demorar. Os alarmistas perderam o mote e o estrago pretendido foi como um tiro na água.
Posso compreender que a Agencia Moody’s foi sábia em melhorar as expectativas de nossas notas de risco que tinham viés negativo e agora vão para estável. Lula em praça pública na frente de manifestantes como que à espera das notícias ruins, foi obrigado a enrolar a bandeirinha e tirar o time de campo. Até as notícias do emprego no Brasil melhoraram, vejam a manchete da Folha: Contratações com carteira superam as demissões! Foram 35,6 mil empregos gerados em fevereiro deste ano. Temer foi para a TV comunicar as boas novas.
O próprio Senador Eunício Oliveira do PMDB-CE, em votação de projeto de regulamentação da greve dos servidores e no exercício de sua função de Presidente do Senado retirou de pauta o projeto em razão das manifestações de rua. Há uma sintonia dos parlamentares com as ruas e com o povo, ao contrário percebeu-se claramente a falta de sintonia do movimento grevista com o momento do país e com o completo desconhecimento das lideranças, Lula no meio, tiro no pé.
Como se não bastasse a melhora dos empregos com carteira, da inflação em queda, da decisão da Moody’s de alterar a perspectiva de rating do Brasil para “Estável” até como uma visível decorrência dessas constatações e do avanço dos ajustes, já se pode afirmar também que não deixaram de ser percebidas melhoras dos números de nossas estatais a exemplo da Petrobrás que vem sendo confirmada com a volta da confiança nos números do seu Balanço Patrimonial com riscos reduzidos principalmente lá fora.
Concluímos que há uma tentativa de empalidecer os bons resultados até aqui obtidos pelo atual governo, de tal modo despropositada é a ação política que evidencia que algo está fora de sintonia e o que está fora de sintonia são os protestos, uma vez que as agências de rating perceberam e nós também que as convicções do mercado são sólidas. As eleições vêm aí e vamos tirar do cenário os demagogos, pelegos e aqueles que brigam pelo poder esquecendo do povo.