Quase cinco mil reais por cabeça, este é o custo que o Estado do Amazonas paga para manter um bandido às custas do cidadão, mesmo que o sistema tenha alguma eficiência por ser privado e não ter nepotismo e clientelismo, corrupção e desvios.
Isso é insustentável. Se forem feitas as contas, admitindo que o país todo tem seiscentos mil detidos, chegamos a um total mensal de pelo menos três bilhões de reais ou trinta e seis bilhões de reais por ano, sem falar dos custos indiretos e das imperfeições e deficiências naturais de qualquer sistema.
Qual o sentido de penalizar o cidadão para sustentar o bandido a pão-de-ló? Será que ninguém consegue conceber um sistema auto-sustentável? Não seria natural que todos trabalhassem para manter-se? Onde está o sentido em remunerar o ócio com o suado tributo dos brasileiros mais simples e mais humildes já humilhados pela violência?
Agora, façam-se as contas de administrar seiscentos mil processos de forma lenta, burocrática, errática num Poder Judiciário já sobrecarregado e acomodado por séculos de ineficiência, sem que ninguém tenha a mais mínima iniciativa de cobrar-lhe resultado. Metade quase dos presos nem julgada foi, um vexame, não há injustiça maior.
Isso é insustentável, uma bola de nitroglicerina pura que cresce à medida que rola e dá sinais de que explodirá a qualquer momento (ela não explodiu ainda porque já produz descompressão com pequenos e médios abusos e crimes diários neste imenso Brasil).