É incrível com que propriedade, certas pessoas, se utilizam da imagem de Jesus. Elas o molda a seu bel-prazer, de acordo com suas conveniências e crenças dissimuladas. O Jesus pregado por certos segmentos das igrejas, sejam elas católicas, protestantes etc, passa bem longe daquela figura, cujo seu símbolo representa amor, paz e comunhão.
Passou-se a utilizar seu nome, para o simples e exclusivo propósito de justificar seus dogmas. Dogmas esses, envolto por uma camada espessa de preconceito, racismo, intolerância, LGBTfobia, misoginia e tantas outras características podres, que um sujeito pode possuir.
Agora reparem. Boa parte dessas pessoas que assumem esse discurso do ódio e o fazem “em nome de Deus”, são pessoas cuja suas vidas particulares, estão completamente desestruturadas. Seus lares tornaram-se verdadeiros campos de guerra, não havendo mais ambiente favorável de convivência saudável.
Mas reparem também, que boa parte destes conflitos, são justamente por conta da imposição dessas pessoas, de quererem a todo custo, enfiar goela abaixo suas ideologias conservadoras. E ao fracassarem no seu propósito de doutrinar seus lares, externalizam suas frustrações na sociedade, passando a julgar e condenar aqueles(as) que se recusam a pensar diferente deles(as). E passam a admirar e apoiar pessoas cujo pensamento se aproximam, independente de se tratar de um anticristo “disfarçado”.
Não se enganem meus amigos e minhas amigas, estamos rodeados de falsos profetas da fé, camuflados numa batina, ou bíblia, cruz, terço… Sua legião de seguidores fanáticos, são pessoas perigosas, que perseguem e punem aqueles(as) que não concordarem com suas ideias. Não esqueçamos que Bolsonaro foi eleito graças a uma boa parcela dos fundamentalistas, pentecostais, carismáticos, dentre outros. Portanto, pessoas que seguem sua linha de raciocínio, baseada no ódio às minorias e negacionismo à ciência.
As fogueiras da “santa” inquisição permanecem acesas, queimando as bruxas e bruxos que se negam a aceitar suas imposições absurdas. Só que agora ela se apresenta com uma nova roupagem, unindo diferentes religiões, afim de “purificar” o mundo dos pecadores que ousam, promover o respeito às diferenças, o livre-amor, a liberdade de expressão, os direitos humanos, lutar contra a desigualdade social…
Por Dalila Martins